divulgação (Foto: Reprodução)
Infantino, presidente da Fifa, quer estádios com nome de Pelé em todo o
mundo
O dirigente ítalo-suíço foi uma das primeiras
autoridades a chegar ao velório de Pelé na Vila Belmiro
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou nesta
segunda-feira (2) que pedirá a todos os países-membros da entidade que batizem
pelo menos um estádio em cada país com o nome de Pelé em homenagem ao Rei do
Futebol, que morreu na quinta-feira passada, aos 82 anos.
"Vamos homenagear o Rei como ele merece. Por esse motivo,
pedimos um minuto de silêncio em todos os estádio e agora também vamos pedir a
todas as federações no mundo inteiro que batizem um estádio de cada país com o
nome de Pelé, porque os jovens têm que saber e lembrar quem ele era",
disse Infantino.
O dirigente ítalo-suíço foi uma das primeiras autoridades a
chegar ao velório de Pelé na Vila Belmiro, em Santos, no litoral paulista. Ele
desceu de uma van junto do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, do presidente
da Conmebol, Alejandro Domínguez, e do presidente da Federação Paulista de
Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.Os portões da Vila Belmiro, palco de 210
jogos de Pelé em sua extraordinária carreira, foram abertos ao público às 10
horas.
"Pelé é eterno, é um ícone mundial do futebol. Ele foi o
primeiro a fazer tantas coisas que 99% dos jogadores sonham em fazer e o 1%
somente fez depois dele", enalteceu Infantino, que deixou o estádio pouco
depois das 13h.
"Precisamos garantir que nós, do mundo do futebol,
lembremos do Pelé eternamente", completou o presidente da Fifa, que
conheceu o maior atleta de todos os tempos, mas não o viu jogar. Na tenda
principal onde está o caixão, Infantino cumprimentou Edinho, o filho mais velho
de Pelé e ex-goleiro do Santos, vice-campeão brasileiro em 1995.
Primeira personalidade a chegar no local, antes dos dirigentes
de Fifa, Conmebol e CBF, o ministro do STF, Gilmar Mendes, conversou com a
imprensa e falou um pouco sobre sua relação com Pelé e com o Santos, seu time
do coração. Gilmar Mendes chegou a dizer que "não é santista e sim
Pelezista", em demonstração de respeito e admiração pelo Rei do Futebol.
EX-COMPANHEIROS
Entre os presentes para o adeus ao Rei do Futebol, figuravam
nomes que escreveram suas histórias no Santos e no futebol ao lado de Pelé. O
goleiro Agnaldo, que defendeu a meta santista no icônico jogo do milésimo gol
de Pelé, conversou com o Estadão sobre a morte do amigo.
"Com o Pelé, a gente sempre entrava em campo ganhando. O
futebol mudou depois que surgiu Pelé. O pessoal faz comparações, mas nao
precisa. Pelé é Pelé. Não tem nem vai ter outro. Dei a volta com ele no ombro
no Maracanã. Isso ficou marcado. Nunca vou esquecer", disse Agnaldo.
Manoel Maria, amigo do Rei do Futebol e ex-companheiro de
Santos, revelou o sentimento de tristeza de "ter perdido um irmão",
com a morte de Pelé. "Sentimento de tristeza, né? De ter perdido um irmão.
Uma convivência de 54 anos. Eu sinto bastante. Esses dias todinhos, quando o
vejo dar entrevista, me emociono. Tenho de assimilar isso. Sei que vai passar.
Ele sempre será eterno dentro do meu peito, o Edson. Pelé será eterno para o
Mundo", disse.