Divulgação  (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

CBF considera que interrupção do Brasileirão não é melhor caminho e monitora cenários em caso de paralisação

Entre os desdobramentos, está o uso das datas Fifa para remarcação de jogos, com o desfalque de atletas que estarão a serviço de suas seleções

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) já monitorou os possíveis cenários caso o Campeonato Brasileiro seja realmente paralisado. Agora, a instituição deve apresentar aos clubes, na reunião do Conselho Técnico da Série A marcada para 27 de maio, as justificativas para considerar que a interrupção não é a melhor opção para ajudar os times gaúchos e nem a população, que enfrenta uma grave crise causada por fortes chuvas e enchentes que assolam o estado.

As informações são do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, entre as consequências da suspensão estão o uso das datas Fifas (período reservado para as seleções disputarem partidas oficiais e amistosas) para a remarcação de jogos e o consequente desfalque de atletas que devem ser convocados para jogar nas suas seleções. Com a interrupção, haveria ainda a possibilidade de um clube brasileiro na final da Libertadores precisar alterar as férias dos jogadores ou até prorrogar contratos com prazo até dezembro. A CBF deve apontar, ainda, o fato da Conmebol não paralisar a Libertadores e a Sul-Americana.

Desde que o Rio Grande do Sul foi atingido pelas chuvas e enchentes, a CBF já remarcou os jogos de Grêmio e Inter para junho e aguarda ainda que os clubes indiquem os estádios onde querem jogar quando forem mandantes. Na reunião de 27 de maio, a entidade vai pedir que, mesmo diante das consequências no calendário, os clubes se manifestem sobre a questão humanitária. O presidente Ednaldo Rodrigues já afirmou que não vai deliberar nada sozinho e que deve acatar a posição dos clubes.

Grêmio, Inter e Juventude já solicitaram a pausa de imediato por até três rodadas. Outros 11 clubes que compõem a Liga Forte União endossaram o pedido e esperam a paralisação até o começo de junho, quando as atividades seriam retomadas.