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"Festas na Bahia não cumprem o limite de cinco mil pessoas",
dispara Leo Prates
Diante do cenário preocupante,
titular da SMS afirma que decisão sobre o Carnaval indoor precisa ser precedida
de amplo debate
O ano de 2022 começou agitado
antes mesmo de findar a primeira quinzena. Um surto de gripe atinge Salvador e
o estado da Bahia, além da variante Ômicron do coronavírus, que vem acometendo
um grande número de pessoas e pressionando o sistema de saúde.
Apesar do cenário preocupante, o Carnaval indoor segue mantido
na capital baiana. Em entrevista ao Portal M!, o
secretário municipal de Saúde, Leo Prates, afirmou que qualquer tomada de
decisão neste momento é muito difícil e deve ser precedida por um amplo debate.
"Nós precisamos fazer um amplo debate com o governador [Rui
Costa]. Este é um dos momentos mais difíceis para a tomada de decisão. Estamos
assistindo a pessoas passando fome no Ceará, no Rio Grande do Norte, por falta
de trabalho. Além disso, há indivíduos que vão aos postos e desmaiam na fila
por não terem se alimentado. Há uma ampliação da miséria, e isso é
preocupante", pontuou.
O secretário ponderou que uma medida mais dura, neste momento,
deve ser a última opção. Segundo Prates, a economia precisa girar, mas as
empresas e a população precisam colaborar com relação à manutenção dos
protocolos sanitários.
"Eu penso que a medida mais restritiva deve ser a última
opção, apesar de ser completamente a favor. A miséria é uma realidade, e não
podemos fechar os olhos. Contudo, o Estado precisa ampliar a fiscalização nos
eventos e nas empresas no tocante ao cumprimento das medidas. Muitos funcionários
não estão usando máscara, que é um item básico. Além disso, as festas não
cumprem a limitação de 5 mil pessoas", lamentou.
Leo Prates ressaltou que a taxa de transmissão da Covid (RT)
está acima de 1, ou seja, o nível contágio voltou a crescer. Segundo ele, o
sistema de saúde ainda não está pressionado ao extremo, mas a Prefeitura de
Salvador já adolta providências para evitar o pior.
"Por enquanto, o sistema de saúde não está sofrendo um
impacto forte, mas a prefeitura já autorizou a ampliação de leitos para
tratamento da Covid-19. Precisamos manter a parceria com o Executivo estadual,
afinal o impacto financeiro para a gestão municipal é muito maior em relação ao
estado, haja vista a diminuição da arrecadação de impostos", salientou.
"A prefeitura possui um aporte maior do Imposto sobre
Serviços (ISS), mas muitos setores estão parados. O estado consegue se segurar
melhor porque arrecada o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), e a indústria não parou", acrescentou.