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Sem água, Prato do Povo coloca clientes para comer em pé durante almoço; veja vídeo

Medida "emergencial" visa “evitar interrupção do fornecimento da alimentação, especialmente em função do agravamento da fome", explica gestão do restaurante

Uma moradora de Salvador foi, nesta quarta-feira (15), ao restaurante popular Prato do Povo, no bairro Comércio, e se deparou com uma cena desagradável. No local, onde as refeições são vendidas a R$ 1, não foi permitido que os frequentadores ficassem dentro do espaço e tiveram que comer em pé na rua.

“Fui ontem no Comércio para ter atendimento e aí aproveitei a oportunidade e passei no Prato do Povo. Entrei, solicitei a compra de uma quentinha. Depois do pagamento, a gente normalmente subiria para a parte das mesas, um local bem espaçoso, mas não pudemos ficar ali para nos alimentar. As pessoas, então, comem na rua. Eu comi na rua. É muita humilhação”, relatou a mulher, que preferiu não ter a sua identidade revelada.

Em vídeos enviados ao Metro1, os frequentadores do restaurante aparecem fora do estabelecimento, encostados na parede, enquanto comem sem o apoio de uma cadeira ou mesa sequer, em meio a diversas embalagens de quentinhas, jogadas no chão. Em uma das gravações, um trabalhador da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) aparece varrendo os recipientes no passeio, enquanto as pessoas almoçam.

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), gestora do Restaurante Popular, informou que a unidade está, desde a semana passada, gerenciando problemas no abastecimento de água, por causa de atos de vandalismo na tubulação que atende ao equipamento.

Então, para “evitar a interrupção do fornecimento da alimentação, especialmente em função do agravamento da fome, optou por atender, em caráter emergencial, com entrega em ‘quentinhas’”, diz a nota da secretaria. A gestão do restaurante ressalta que foram preservados os aspectos higiênicos e sanitários, além das propriedades nutricionais das refeições.