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Vice-presidente culpa professores por crise e diz que categoria estimula
alunos a não pagarem mensalidade
Segundo Jaime David, categoria ficou de mandar contraproposta por
escrito, mas inda não mandou material, o que impossibilita acordo
Após as denúncias
de professores da Faculdade 2 de Julho, indicando que a
instituição ainda não realizou o pagamento dos salários atrasados, o
vice-presidente Jaime David, que agora responde pela Fundação 2 de Julho,
atribuiu a responsabilidade pela demora da resolução aos professores em greve.
De acordo com ele, a categoria tem pedido que os alunos não paguem as suas
mensalidades, o que impossibilitaria a readequação dos direitos trabalhistas.
“O
que ficou de ser pago, os 70% do arrecadado pela faculdade, foi pago. Mas, como
os professores pediram aos alunos para não pagar as mensalidades, não tem como.
Foi feito esse aporte desses 15%, mas é preciso que eles tenham sensibilidade:
o Conselho entende que a greve é legítima, mas, na medida que radicaliza, a
tendência é a instituição fechar”, explicou Jaime David.
Os
professores afirmam que estão sem receber salários desde o mês de maio, ou
seja, há sete meses. Desde a promessa de acerto feita pela direção, eles só
receberam 15% do valor referente ao primeiro mês. A sugestão da fundação
consiste basicamente no encerramento da greve dos docentes mediante a promessa
de que, a partir de agora, 70% da receita da instituição seja destinada aos
pagamentos em aberto.
Como
os professores consideraram a proposta “vazia”, uma reunião foi feita na última
quinta-feira (9) para chegar, junto ao Conselho da faculdade, a um acordo. A
categoria, segundo Jaime, ficou de mandar uma contraproposta por escrito, mas
ainda não enviou nenhum material à gestão.
“Eles
não fizeram contraproposta nenhuma quanto ao que foi apresentado. No dia 9,
eles se reuniram com membros do Conselho e ficaram de enviar por escrito o que
consideram como denúncia ou sugestão. Ainda estamos aguardando”, afirmou.
Alunos
relataram aos professores que a faculdade vem fazendo informes afirmando que a
greve foi finalizada, o que não corresponderia à realidade. Em resposta, o
vice-presidente disse que “a faculdade não informou nada disso. Inclusive o
comitê de crise esteve com alunos e colocaram bastante isso: se não tiver
retorno, fica difícil a regularização de salários”.
Em relação à queixa do seu “sumiço” o diretor provisório alegou
que não também é verdadeira. Ele ressaltou que a reunião realizada na quinta
demonstra isso. “A gente não está ausente e eu estou dentro das minhas
possibilidades. Inclusive, no dia 9 teve reunião”.