divulgação (Foto: Metropress)
Passageiro com deficiência acusa empresa intermunicipal de forçá-lo a
descer durante viagem
Atlântico Transportes opera linhas intermunicipais que ligam Salvador ao
Litoral Norte. Procurada, não respondeu aos chamados da reportagem
Se locomover de ônibus entre os municípios baianos é um enorme desafio,
principalmente para passageiros portadores de deficiências. O passageiro Paulo
César de Jesus conta que foi orientado a descer de õnibus da empresa Atlântico,
que liga Salvador às regiões do Litoral Norte, antes de seu destino final, sob
a alegação de que o veículo tinha ultrapassado o limite permitido de
passageiros deficientes.
Paulo César, que possui baixa visão e é morador de Barra de Pojuca,
precisa vir à capital com frequência para acompanhamento médico. Na última
viagem, nesta terça-feira (30), pegou o ônibus da empresa, quando foi avisado
pela cobradora que precisaria descer ainda na região de Guarajuba.
“Ela me disse que já tinham os dois passes de deficientes no ônibus. Que
estava ocupado e eu precisaria descer. Eu disse que não ia descer porque tenho
baixa visão, não podia ficar em qualquer lugar no meio do caminho”, explica o
usuário.
Paulo detalha que a situação é recorrente e explica que, ao se recusar a
descer, ouviu da cobradora da empresa que o ônibus iria parar no próximo posto
policial. “Disse a ela que podia parar. Que eu só ia descer se ela me levasse
de volta no ponto onde eu subi, ou se ela me mostrasse onde estavam esses dois
passes. Ela não fez nada disso ``. relata explicando que conseguiu seguir
viajar em chegar em Salvador para a consulta médica.
Por conta das situações com a empresa, o passageiro alega já ter
inclusive registrado reclamações junto à Agência Estadual de Regulação de
Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), que
não deu retorno. O Metro1 procurou o órgão e também não obteve
resposta.
A empresa Atlântico Transportes também foi procurada por meio dos
contatos telefônicos disponibilizados em seu site na internet, sem sucesso. A
reportagem chegou a se dirigir pessoalmente até a garagem da empresa e recebeu
o contato de uma funcionária, que também não atende às ligações.