
divulgação (Foto: Reprodução)
'Minha filha chorou muito e não quer ir mais para a escola', diz mãe de
aluna do Sartre
A mãe de uma aluna da Escola SEB Sartre, no bairro do Itaigara, quer uma
atitude da instituição diante das ofensas racistas feitas por um grupo de estudantes em aplicativos de mensagens e que vieram à público
nos últimos dias. Ela descobriu o caso quando viu a filha
chorando muito em seu quarto.
“Não foi um ataque direcionado a ela, mas ela sofreu ao ver os prints
[das ofensas]. Ela não queria ir mais pra escola, com medo do grupo, que tem
histórico de homofobia, de bater em autista. Homofobia é fortíssimo na sala.
Racismo dói muito, nossa luta é muito antiga, e desculpa não tira dor”, frisou
a mãe.
O criminalista Marcus Rodrigues defende que os alunos responsáveis pelos
ataques racistas sejam punidos, baseado no Estatuto da Criança e do
Adolescente. “Eles devem ser ouvidos na DAI - Delegacia para o Adolescente
Infrator, possivelmente com pais e testemunhas. Os autos serão remetidos para o Ministério Público, que deve
representar os adolescentes por tortura. Eles podem ser internados por até três
anos por esse ato bárbaro. O que fizeram é algo grave”, detalhou Rodrigues.