divulgação (Foto: Montagem Foto leitor)
Mesmo após embargo da Sedur, invasores do Abaeté avançam com construções
das casas
Mesmo com os cortes de água e energia e embargos da Sedur, invasores não
se intimidam
Nas
últimas duas edições (07 e 14/10), o Jornal da Metropole
abordou o problema das construções irregulares na Área de Proteção Ambiental
(Apa) de parques e dunas do Abaeté. A foto que ilustra a reportagem é de um dos
imóveis irregulares com as paredes erguidas na área de dunas. O registro foi
feito no dia 30 de setembro. Infelizmente, no último final de semana, os
invasores avançaram nos trabalhos e construíram a laje.
O Metro1 procurou a
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e o órgão informou que
na última sexta-feira (15) realizou uma fiscalização no local “e verificou que
as construções estão obedecendo ao embargo emitido pelo órgão”, diz trecho da
nota. Conforme as fotos e o relato dos moradores, está comprovado que os
invasores desafiam a lei e não temem as fiscalizações da Sedur.
As
invasões ao final da Avenidas das Dunas e na Rua Afrânio Coutinho, em Itapuã,
seguem com as obras a todo vapor, apesar de algumas medidas para tentar frear o
crime ambiental. No dia 4 de outubro, foi realizada uma operação da Embasa e
Coelba para cortar as ligações de água e energia. A Sedur informou que em
setembro apreendeu materiais de construção e interditou a obra.
Conforme os moradores, basta os órgãos irem embora, para os
trabalhos serem retomados. Em entrevista ao Jornal da Cidade no dia 7 de
outubro, o
vereador André Fraga (PV) informou que teve um conversa com o superintendente
da Sedur e este prometeu adotar medidas mais rígidas, a exemplo da demolição das
construções.
Questionada
quando será essa demolição, a Sedur informou que “já está adotando as medidas
fiscais cabíveis de acordo com o Código de Obras do Município (Lei 9281/2017) que
estabelece que toda e qualquer obra, particular ou pública, só pode ser
iniciada após licença ou autorização da prefeitura”, diz a nota.
Enquanto medidas efetivas não são adotadas, as construções
avançam e o sentimento de impotência dos moradores só aumenta. “A gente tem
medo porque já fomos ameaçados. Um deles já me interpelou e falou que sabe quem
está fazendo as denúncias e disse que se acontecer alguma coisa não vai ser bom
para ninguém”, conta um morador em anonimato.