Cidade
Publicada em 30/09/21 às 14:38h - 26 visualizações
Associados acusam direção do IGHB de má gestão e gastos com coquetéis; presidente rebate: \"Ataques eleitorais\" https://www.radiombfm.com.br/noticias/cidade/112912,associados-acusam-direcao-do-ighb-de-ma-gestao-e-gastos-com-coqueteis-presidente-rebate-ataques-eleitorais
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divulgação (Foto: Divulgação - IGHB) Associados
acusam direção do IGHB de má gestão e gastos com coquetéis; presidente rebate:
"Ataques eleitorais"
Segundo denúncia do associado Jaime Nascimento, a
verba do instituto “foi sendo gasto com homenagens desnecessárias e
coquetéis". Presidente Eduardo Morais diz que motivação dos ataque é pelo
calendário das eleições do IGHB
O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), entidade
cultural mais antiga do estado, patina sob os efeitos de uma má
gestão. Sem recursos próprios, com os repasses do Fundo de Cultura
suspensos devido a irregularidades, e com a pandemia, o instituto chegou a
pedir, em fevereiro deste ano, que seus sócios realizassem a doação de R$ 1 mil
durante quatro meses. Isso é o que dizem os associados do instituto que acusam
a direção de não gerir bem as contas disponíveis no caixa.
Os sérios problemas financeiros não teriam
começado com a pandemia. Ainda em 2019, a Secretaria de Cultura da Bahia
(Secult-BA) suspendeu os pagamentos do Fundo de Cultura por causa de anomalias
encontradas nas prestações de conta do convênio firmado entre as entidades.
Em auditoria, a Secult identificou, entre as
maiores irregularidades, o remanejamento sem autorização de parte do recurso
repassado, além da manutenção de uma funcionária que trabalhava no
IPAC/Palacete das Artes, ao mesmo tempo em que era secretária do IGHB. A
acumulação remunerada de cargos públicos é proibida por lei.
Com isso, também foi descontado mais de R$ 100 mil
em gastos com a funcionária dos repasses feitos pelo Fundo. Outro fator
que colocou o IGHB em uma crise financeira foi o gasto maior do que a reposição
em sua própria renda, no que tinha de valor e aplicação, segundo denúncia do
associado Jaime Nascimento. “Foi sendo gasto com homenagens desnecessárias,
coquetéis e coisas do tipo”, diz.
Com a pandemia, então, a crise se agravou, uma vez
que o instituto se mantém também com aluguéis em áreas que possui na Praça da
Piedade e contribuição dos associados, que passaram a ser inconstantes devido à
crise financeira.
“O caos se instala”, afirma Nascimento. De acordo
com ele, o que se tem agora é um “quadro de desmandos”, que comprometem tanto a
conservação dos acervos, quanto a própria sobrevivência do instituto.
Qualificado como organização da sociedade civil de
interesse público (OSCIP), o IGHB tem uma grande importância para a Bahia. É
detentor da maior coleção de jornais e o maior acervo cartográfico do estado,
na Casa da Bahia. Além de milhares de livros e imagens à disposição do público,
na Biblioteca Ruy Barbosa e no Arquivo Histórico Theodoro Sampaio.
Em meio aos problemas financeiros, demandas
importantes são deixadas de lado. Dos 4,5 mil livros que tem em seu acervo, o
presidente do IGHB, Eduardo Morais de Castro, afirma que muito pouco está
digitalizado até o momento. Em entrevista ao Jornal da Cidade, na Rádio
Metropole, Morais lamenta que a coleção de jornais publicados na Bahia desde
1688 sequer começaram a ser digitalizados.
Somado a isso, o Instituto precisa enfrentar ainda
invasões que ocorrem no patrimônio histórico e cultural, com objetivo de furtar
cabos e fios elétricos. Em resposta ao Metro1, o presidente do IGHB contestou as denúncias e afirmou que
se devem à fase eleitoral no instituto. De acordo com ele, não há má gestão dos
recursos tanto públicos quanto privados. “Isso é totalmente inverídico”, diz.
“As dificuldades que tivemos com o Fundo de
Cultura, todas as entidades tiveram. Eles mudaram a forma de analisar a
prestação de contas”, diz. Quanto aos problemas financeiros, afirma que a
motivação foi a pandemia, que reduziu em 70% os valores recebidos com locação
de imóveis.
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