Divulgação (Foto: Reprodução)
"Pedi para ele beber perto do hotel porque o Rio estava
muito perigoso", diz viúva de médico baiano
Verônica Gomes contou o pressentimento que teve nas horas que
antecederam o crime e o drama pelo qual está passando com os filhos
Viúva do médico baiano Perseu Ribeiro de Almeida, Verônica Gomes
Almeida falou sobre a morte do marido em entrevista ao jornal O Globo,
publicada neste domingo (8).
À publicação, Verônica Gomes contou o pressentimento que teve
nas horas que antecederam o crime e o drama pelo qual está passando com os
filhos. Perseu
Ribeiro foi morto a tiros na Barra da Tijuca e teria sido confundido com um
traficante.
"Ele chegou ao Rio e conversou comigo dizendo que já estava
no hotel e que encontraria os meninos no quiosque. Pouco mais das 23h, mandei
mensagem perguntando onde ele estava, e ele enviou aquela foto com os quatro
amigos do lado. Eu disse: 'que Deus te acompanhe, te proteja e guie seus
passos'. Pouco antes de sair para beber, ele brincou comigo e mandou foto da
Rocinha, dizendo estar indo para lá. Depois disse que ia tomar banho e que
estava com o celular na banheira. Falei que aquilo era perigoso e ele
respondeu: 'Deus me livre tomar banho com o celular e morrer de choque na
banheira'", relatou Verônica.
A viúva contou que soube da morte pelo noticiário. "Ninguém
me ligou. A polícia não ligou. O hotel e o evento não ligaram. Ninguém entrou
em contato comigo. Por isso, tomei um susto. Minha sogra também não estava
sabendo. Não julgarei o hotel e o evento", ressaltou.
Tomada pela comoção, Verônica disse que sequer sabe ainda como contar
para a filha o que aconteceu. A menina crescerá, "e o pai não estará do
lado", lamenta a representante farmacêutica, que neste sábado (7) acompanhou
o enterro de Perseu, em Ipiaú, no interior da Bahia.