divulgação (Foto: Metropress)
Governo pretende renegociar concessões de rodovias; BRs 116
e 324, na Bahia, estão na lista
O foco
é destravar investimentos de R$ 80 bilhões em rodovias federais. Os valores
seriam investidos pelas empresas concessionárias nos próximos sete anos.
Com o
foco em destravar investimentos de R$ 80 bilhões em rodovias federais, o
governo pretende renegociar 15 dos 23 contratos de concessão vigentes no país –
os valores seriam investidos pelas empresas concessionárias nos próximos sete
anos.
Para
isso, na última segunda-feira (28), o Ministério dos Transportes publicou uma
portaria com as condições para a remodelagem dos contratos e estipulou um prazo
para as empresas pedirem adequação às novas regras. O período para as
solicitações começou na sexta-feira (1º) e vai até 31 de dezembro.
Desses
15 contratos, 12 têm possibilidade imediata de readequação. Outros três possuem
processos judiciais em andamento e estão em negociação com o ministério.
De
acordo com a pasta, quatro contratos já poderiam ser readequados por serem
resultado de um estudo do grupo de trabalho do ministério. Entre eles, está o
da Via Bahia, que tem a concessão das BRs 116 e 324, na Bahia. Os outros três
são: BR 101 (Eco101), no Espírito Santo; BR 101 (Autopista
Fluminense), no Rio de Janeiro; e BR 163 (MSVia), no Mato Grosso do Sul. A
atualização desses quatro contratos pode gerar R$ 11 bilhões em investimentos.
ENTENDA
A PORTARIA
A
portaria do ministério foi publicada após uma decisão do TCU, que permitiu às
empresas com ativos em processo de devolução voltar atrás e manter as
concessões, abrindo caminho para a repactuação dos contratos, com novos
mecanismos para assegurar investimentos e manter o equilíbrio econômico-financeiro
das concessões.
Ao
assinar os novos contratos, as empresas vão poder adequar as cláusulas à nova
realidade das rodovias ao apresentarem estudos que comprovem que a nova versão
será vantajosa para os consumidores, considerando critérios estabelecidos pela
portaria. Além disso, as concessionárias terão de abrir mão de ações judiciais
contestando as concessões.