Divulgação (Foto: Reprodução/TV Globo)
Morre ex-ministro Francisco Dornelles, aos 88
anos, vítima de problemas cardíacos
Ele foi vice-governador do Rio, senador, deputado e ministro
O presidente de honra do PP, Francisco Dornelles, morreu nesta
quarta-feira (23), aos 88 anos, no Rio, onde estava internado com problemas
cardíacos. Dornelles foi vice-governador do Rio, senador, deputado e ministro.
No governo de José Sarney, esteve à frente do Ministério da Fazenda. Ele também
ocupou as pastas de Indústria, Comércio e Turismo e a do Trabalho e Emprego nas
gestões de Fernando Henrique Cardoso.
"O Progressistas está em luto. Com profunda dor e tristeza,
informamos o falecimento do nosso presidente de honra, Francisco Dornelles.
Grande homem público, defensor da democracia e do diálogo em todos os momentos,
nos deixa um legado de ética, responsabilidade, humildade e dedicação ao
Brasil", diz nota divulgada pelo PP, partido do presidente da Câmara,
Arthur Lira.
"Com um imenso vazio na política brasileira e no coração de
cada filiado, o Progressistas apresenta sentidas condolências à família.
Francisco Dornelles, que tanto nos ensinou com suas ações registradas em uma
honrada e ilibada biografia, por seus incansáveis serviços ao país e ao Rio de
Janeiro, passa hoje da vida à imortalidade. Deus o acompanhe, eterno
presidente!", complementou a nota.
Sobrinho
de Tancredo Neves
Dornelles nasceu em Belo Horizonte numa família de políticos.
Era sobrinho de Tancredo Neves. Seu pai era primo de Getúlio Vargas e o tio,
Ernesto Dornelles, foi governador do Rio Grande do Sul, além de ministro e
senador.
Conhecido pelo pragmatismo e gentileza, tinha bom trânsito da
direita à esquerda, embora tenha recebido ruidosas críticas do PT quando
assumiu o Ministério do Trabalho no segundo governo de Fernando Henrique.
Antes, em 1979, assumiu o comando da Receita Federal e lá se manteve até o fim
do regime militar.
Em
2014, foi eleito vice-governador do Rio na chapa de Luiz Fernando Pezão.
Assumiu o comando do estado quando Pezão precisou se licenciar do cargo para
tratar de um câncer, em 2016. Retomou a chefia do Executivo fluminense em
novembro de 2018, após a prisão de Pezão na Operação Lava Jato.