Divulgação (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Haddad agradece por arcabouço e chama de
"adequada" a solução sobre tabela do IR
Ministro da Fazenda comemorou a aprovação do novo marco fiscal
no Congresso
Nesta quarta-feira (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
celebrou a aprovação do novo marco fiscal no Congresso. Visitando Johannesburgo
para eventos do Brics, ele agradeceu aos presidentes da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
"Penso que havia uma expectativa muito grande de a gente
substituir o teto de gastos por algo que fizesse sentido, e eu entendo que,
pela expressiva votação que tivemos nas duas Casas, encontrou-se um denominador
comum entre forças que pareciam antagônicas, na direção de um entendimento sobre
uma regra fiscal que desse à sociedade como um todo a certeza de que temos uma
economia que caminha para o equilíbrio", disse Haddad.
O ministro afirmou que a próxima função é estabelecer o
"ritmo" desse equilíbrio econômico, com a lei orçamentária e medidas
adicionais.
Para Haddad, a reforma tributária, o arcabouço fiscal e outras
medidas que, segundo ele, visam a recuperar uma base fiscal dilapidada
"vão ao encontro do anseio de estabelecer condições macroeconômicas de
crescimento sustentável, acima da média mundial". De acordo com ele, esse
deve ser o objetivo do país.
"Ontem foi um dia muito bom, o Congresso tem o dever de
verificar a qualidade do resultado fiscal", disse o ministro.
Imposto
de Renda
Haddad também afirmou ter achado "bastante adequada" a
solução dada para a compensação da correção da tabela de Imposto de Renda, que
poderia cair, fazendo com que quem recebe menos de R$ 2,6 mil voltasse a pagar
o imposto.
A legislação exigia que o governo encontrasse uma fonte para
compensar a decisão do governo de dar isenção de até dois salários mínimos.
Através de um acordo entre governo e Congresso, será enviada uma
Medida Provisória propondo a tributação de fundos exclusivos em substituição da
taxação de offshore - originalmente a medida que faria essa compensação - via
Projeto de Lei.
Ainda de acordo com o ministro, o governo está recuperando
capacidade de arrecadação para cobrir despesas herdadas do governo Jair
Bolsonaro (PL).
Haddad explicou que considera "essencial" a aprovação
de mudanças na legislação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
(Carf). "Estamos acumulando um litígio administrativo insustentável para o
País. Ficou vantajoso não pagar imposto no Brasil, para algumas pessoas",
disse.
Durante
a tarde desta quarta-feira (23), a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado
aprovou o PL do Carf, que agora falta ser apreciado apenas pelo plenário da
Casa.