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Técnicos
do TCU recomendam arquivamento de processo que analisa suspender salário de
Bolsonaro
Área técnica do TCU entendeu que a representação do MP não preenche os
requisitos para ter o mérito analisado porque não há indícios de desvios no
fundo partidário
A área
técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou o arquivamento do processo que
pede ao PL a suspensão do salário do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarado
inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no início
deste mês. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
A solicitação de suspensão foi feita pelo subprocurador-geral do
Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, que pediu ao tribunal também a
apuração de irregularidades na remuneração concedida pelo PL ao ex-presidente.
Na representação, Furtado afirmou que o pagamento do salário de R$ 41 mil
pelo partido a Bolsonaro, após a condenação pelo TSE, viola o "princípio
da moralidade administrativa".
Lucas Furtado pediu ainda a abertura de um processo por mau uso
de recursos públicos. A solicitação é para que a Corte investigue Bolsonaro por
"dano ao erário decorrente do abuso de poder político e do uso indevido
dos meios de comunicação", especialmente por meio de canal público.
Em documento obtido pela Folha de S. Paulo, a área técnica do
TCU entendeu que a representação não preenche os requisitos para ter o mérito
analisado porque não há indícios de desvios no fundo partidário, além de
sugerir que o tribunal envie o caso para a corregedoria do TSE e para a
Procuradoria-Geral da República (PGR), para que tomem eventuais providências.