Brasil
Publicada em 13/06/23 às 11:41h - 27 visualizações
*Mantenedora do Martagão completa 100 anos de serviços prestados aos baianos* https://www.radiombfm.com.br
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Hospital Martagão Gesteira |
divulgação (Foto: Anderson Sotero Assessor de Imprensa Hospital Martagão Gesteira)
*Mantenedora do Martagão completa 100 anos de
serviços prestados aos baianos*
Há exatos 100 anos, o quadro de mortalidade
infantil na Bahia era preocupante. A cada 100 crianças nascidas, 40 morriam
antes mesmo de completar seu primeiro ano de vida. Com o intuito de modificar
essa realidade, o pediatra Álvaro Pontes Bahia idealizou, ao lado do seu amigo,
o também pediatra Joaquim Martagão Gesteira, e outros cinco integrantes, a Liga
Bahiana Contra a Mortalidade Infantil.
O ano era 1923. Cem anos depois, a entidade, que
foi batizada de Liga Álvaro Bahia, em homenagem ao seu idealizador, está hoje à
frente não somente do Martagão Gesteira, como também do Hospital Sokids, do
Instituto de Ensino da Saúde e Gestão (IESG), do Hospital Estadual da Criança
(HEC) e do Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do
Espectro Autista (CRE-TEA). Esses dois últimos sob contrato de gestão.
Uma solenidade será realizada nesta quinta-feira,
15, para marcar o centenário da Liga. E foi justamente a atuação dessa
entidade, criada em 17 de junho de 1923, um dos principais fatores que ajudou e
continua a contribuir para modificar essa realidade. “A Liga participou de
diversos momentos ao longo desses 100 anos, que nos fizeram assistir a uma
redução da mortalidade infantil: de 400 mortos por mil nascidos para os 16,5
por mil atuais. Ainda é um índice que nos incomoda muito, mas também uma razão
para continuarmos trabalhando, objetivando sua redução”, frisa o
superintendente geral da entidade, Carlos Emanuel Melo.
Somente em 2022, em toda a Bahia, a Liga foi
responsável por 69% das cirurgias oncológicas; 42% das cirurgias cardíacas; 40%
das neurocirurgiãs e 57% dos tratamentos oncológicos, considerando a faixa
etária pediátrica (0 a 14 anos), pelo SUS.
*Pioneirismo* - Desde a sua fundação, a entidade
desenvolveu relevantes ações em prol da maternidade e da infância, que serviram
como exemplo de políticas públicas para todo o país. “O principal desafio
atualmente é a sustentabilidade. É garantir a sobrevivência de longo prazo.
Além disso, enfrenta também a necessidade de estar à frente da evolução
tecnológica. Tornar-se líder na vanguarda da inovação e da tecnologia”,
acrescenta Melo.
Para a presidente de honra da Liga, Rosina Bahia,
o balanço desses 100 anos é “grandemente positivo”. “Instituição pioneira, a
Liga sempre procurou desenvolver suas atividades voltada para o bem-estar e
para a saúde da mãe e da criança, inclusive com o propósito de que, cuidando da
mãe, se estaria cuidando da criança”, avalia Rosina, neta do pediatra Álvaro
Bahia.
Um dos principais marcos na história da entidade,
frisa Rosina, diz respeito à vanguarda no tratamento da criança de forma
científica. “Álvaro Bahia defendeu, de forma sistemática, a saúde das crianças,
particularmente as oriundas das famílias mais necessitadas, mudando a forma do
atendimento às crianças, anteriormente caritativa, para uma assistência
efetiva, com base sólidas, técnico-científicas”.
A presidente de honra cita também outros marcos
importantes que ajudaram na redução dos índices de mortalidade, além da criação
do Martagão: as instalações modernas realizadas nas dependências da Santa Casa
de Misericórdia, onde a Liga atuava com lactário, creches e a Escola para
Mãezinhas, entre muitos outros. Em 1937, por exemplo, foi criada a Escola de
Puericultura Raymundo Pereira de Magalhães, para prestar assistência às mães e
às crianças. Nela, foi instalado o primeiro Banco de Leite Materno do país.
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