divulgação (Foto: Reprodução)
Reunião decisiva sobre marco fiscal será nesta quarta, e apresentação
pública, ainda nesta semana, diz Haddad
Ministro da Fazenda falou também sobre novas regras
para o rotativo e pacote de crédito com foco nas PPPs e lei de garantias
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta
terça-feira (28) que a reunião conclusiva sobre o novo marco fiscal ocorerrá
nesta quarta-feira (29). Já a apresentação ao público e ao Congresso Nacional
será feita ainda nesta semana, segundo apuração da CNN Brasil.
Haddad também informou que, como o ministro da Casa Civil, Rui
Costa, teve problemas de saúde e permaneceu na Bahia, a reunião ficou para esta
quarta, para verificar a possibilidade de ele poder participar.
"A lei propriamente tem prazo de 15 de abril para estar
compatível com a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), mas isso não nos impede
já de divulgar a regra fiscal", disse Haddad.
O ministro também afirmou que as pastas da Fazenda e da Casa
Civil já estão trabalhando na questão do rotativo, para ser apresentada no mês
de abril. Segundo ele, esse assunto preocupa o presidente Luís Inácio Lula da
Silva (PT), sobretudo o rotativo do consignado.
"Nós temos um conjunto de medidas sobre crédito. Boa parte,
inclusive, pactuada com o Banco Central e que vai ser encaminhado ao Congresso
Nacional", acrescentou.
De acordo com Haddad, será rediscutida a questão do
comprometimento da renda com o consignado, que foi elevado de 30% para 45%.
"O presidente pediu um estudo para saber se esse patamar é adequado ou se
esse comprometimento está excessivo à luz da situação das famílias hoje".
Ainda falando sobre novas regras para crédito, Haddad disse que
anunciará novas regras para Parceria Público-Privado (PPP), nesta ou na próxima
semana. "Inclui pedido de urgência constitucional para algumas leis que já
estão tramitando no Congresso e que tem o apoio parcial, quase total, do
Ministério da Fazenda para a lei de garantias. Com pequenos ajustes, nós queremos
aprovar no Senado para não voltar para a Câmara", explicou o ministro.
Ata do
Copom
Questionado sobre o que teria achado da Ata do Copom, divulgada
nesta terça-feira (28) pelo Banco Central, o ministro da Fazenda comentou que o
cenário está em linha com o comunicado.
Para ele, da mesma forma que aconteceu na divulgação anterior, a
ata com mais tempo de preparação veio com termos mais condizentes com as
perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política
monetária.
"Estamos fazendo um trabalho de combate forte à sonegação,
revendo algumas desonerações que, do nosso ponto de vista, não se justificam,
sem tirar o pobre do orçamento, porque esse é o compromisso de campanha".
Haddad completou dizendo que o Banco Central também tem que
ajudar o governo. "É um organismo que tem dois braços, um ajudando o
outro. [...] São dois lados ativos concorrendo para o mesmo propósito, o mesmo
objetivo, que é garantir crescimento com baixa inflação. E isso só é possível
pela harmonização da política fiscal com a monetária".