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Em posse, ministro da Educação promete foco em alfabetização e verba
para universidades
Ex-governador do Ceará, Camilo Santana citou Paulo Freire e destacou
resultados da educação no seu estado durante a cerimônia
O
discurso de posse de Camilo Santana (PT) no Ministério da Educação (MEC), nesta
segunda-feira (2), em Brasília, foi marcado por referências ao educador e
patrono da educação brasileira Paulo Freire, figura
bastante rejeitada por bolsonaristas, e às experiências
exitosas na área no Ceará, estado em que foi governador, entre 2015 e
2022.
A alfabetização foi parte central de sua fala. O novo ministro
afirmou que alfabetizar todas as crianças do país “na idade certa” será sua
prioridade nos primeiros cem dias de gestão da pasta. Outros ex-ministros do
MEC, como Renato Janine Ribeiro, durante governo Dilma, e Cristovam Buarque, na
primeira gestão de Lula, presenciaram a solenidade. Seu antecessor, Victor
Godoy Veiga, não participou da cerimônia.
Além de priorizar a alfabetização, o ministro também prometeu
aumentar o número de escolas em tempo integral; realizar um estudo para
retomada de todas as obras de creche e escolas, que estão paralisadas por falta
de repasses de recurso federal; um plano para recuperar a qualidade da merenda;
recuperar a credibilidade do Enem; um plano de retomada do Fies e Prouni; mais
investimentos em ciência e tecnologia e o fortalecimento da autonomia das
universidades.
Camilo Santana não citou nominalmente Bolsonaro nem Victor Godoy
Veiga, mas afirmou que a educação foi tratada com desprezo na última gestão,
sendo considerada um “subproduto”.
“Vivemos recentemente tempos muito sombrios, onde o Brasil foi
violentamente negligenciado nas suas mais importantes áreas, e a educação, sem
dúvida, foi uma das mais atingidas”, disse.