divulgação (Foto: Montagem/BNews)
Veja
o que a PRF-BA tem a dizer sobre a morte de homem na viatura do órgão
Genivaldo foi colocado no
fundo da viatura do órgão onde morreu sufocado
O
coordenador geral de comunicação institucional da Polícia Rodoviária Federal da
Bahia (PRF-BA) se pronunciou após um homem ser morto em uma
espécie de “câmara de gás” improvisada pelos agentes no
fundo de uma viatura do órgão. O caso aconteceu na cidade de Umbaúba, em
Sergipe, na quarta-feira (25).
Em
um vídeo publicado no Instagram da PRF-BA, Marco Territo afirma que a conduta
dos dois agentes que resultou na morte Genivaldo Jesus Santos, de 38 anos, não
representa a instituição e classificou o caso como algo isolado.
“Assistimos
com indignação o caso ocorrido na cidade de Umbaúba em que uma ação envolvendo
policiais rodoviários federais resultou na morte do senhor Genival. Não
compactuamos com as medidas adotadas durante a abordagem. Os procedimentos vistos
durante a ação, não estão de acordo com as diretrizes expressas em cursos e
manuais da nossa instituição”, disse Territo.
“A ocorrência desta última quinta, e as mortes
dos policiais rodoviários em Fortaleza, implicou na avaliação interna dos
nossos padrões de abordagem. Estamos estudando os nossos procedimentos de
atuação de aperfeiçoamento operacionais para ajustar o que for necessário, e
prestar o serviço de excelência que o órgão vem fornecendo ao povo bradileiro.
A conduta isolada não reflete o comportamento dos mais de 12 mil policiais
rodoviários federais, homens e mulheres de honra que atualmente abordam mais de
10 milhões de pessoas que circulam pelas rodovias federais”, completou o
coordenador geral de comunicação institucional.
Antes
de os policiais rodoviários federais levarem Genivaldo de Jesus Santos ao
hospital, ele foi agredido por cerca de 30 minutos, segundo relatos de
testemunhas à reportagem.
Das
seis pessoas ouvidas, três concordaram em detalhar a cena –duas delas pediram
anonimato.
A abordagem a Genivaldo, 38, ocorreu no local chamado Posto Reforço, onde
funcionam oficinas de automóvel. Já imobilizado, ele foi
atingido com spray de pimenta nos olhos e, em seguida, acabou jogado ao chão. Depois
de receber alguns golpes, como chutes, foi colocado na viatura.
No
veículo, ainda segundo a descrição das testemunhas, um dos agentes jogou gás e
mais spray de pimenta. Genivaldo, então, começou a se debater com os pés para
fora da viatura pedindo socorro.
De acordo com as testemunhas, ele ainda ficou por cerca de 15 minutos trancado
dentro do porta-malas depois de ter inalado o gás jogado pelos agentes no
interior do carro.
O
caminhoneiro Aldrin Teixeira, 46, afirma que presenciou toda a cena. Segundo
ele, a abordagem, que chamou de truculenta, ocorreu por volta das 11h, quando
Genivaldo passava pelo local sem capacete, porém portava documentos que
comprovariam a regularização da moto.
"Ele
não reagiu, apenas perguntava a razão de estarem batendo nele", conta
Teixeira, ao afirmar que a vítima reagiu instintivamente depois de ser atingido
com spray de pimenta nos olhos. Teixeira relata ainda que houve uma tentativa
frustrada por parte da população de tentar evitar as agressões, mas que foram
ameaçados pelos policiais, que fizeram vídeos das testemunhas.