divulgação (Foto: CNJ)
CNJ registra
queda de 61% de contaminação de Covid-19 no sistema penitenciário
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registrou uma queda de
61% nos casos de Covid-19 no sistema prisional e socioeducativo. Em março,
foram registrados 2.893 casos da doença entre pessoas presas e funcionários do
sistema, o que representa uma queda de 61% na comparação com os novos casos
reportados em fevereiro. No sistema socioeducativo, houve redução de 63%, com 722
novos casos informados.
Mesmo
com outras variáveis envolvidas, como o número proporcional de testagens
realizadas, a tendência de queda dos novos casos mostra uma correlação
existente entre os dados do sistema prisional e os da população em geral,
divulgados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde o início da pandemia.
Em linhas gerais, o cruzamento dos dados de casos e mortes pela
Covid-19 entre pessoas privadas de liberdade, servidores e servidoras do
sistema prisional e da população brasileira mostra que, com as entradas e
saídas de forma constante das unidades prisionais, as infecções no interior do
sistema acabaram seguindo o mesmo ritmo do contexto geral da doença observado
no país.
A taxa de óbitos por Covid-19, no entanto, segue estável nas prisões.
Assim como em fevereiro, no último mês foram registradas quatro mortes — três
delas entre pessoas presas e um funcionário do sistema —, totalizando 661 desde
o início da pandemia. Já o sistema socioeducativo acumula 120 mortes, todas
entre funcionários, mas nenhuma delas registrada no último mês.
A
cobertura vacinal com a aplicação da segunda dose ou dose única já chega a
73,9% no socioeducativo, entre adolescentes e equipes, com a ressalva de que o
último censo dessa população foi divulgado pelo Sistema Nacional do Sistema
Socioeducativo (Sinase) em 2019, com dados de 2017, e pode estar defasado em
relação ao cenário atual.
No sistema prisional, a cobertura vacinal no sistema segue
abaixo da média nacional: até agora, 66,7% do total de pessoas presas e
servidores e servidoras receberam o ciclo completo com a aplicação da segunda
dose ou dose única, ante 75,9% no restante do país. O monitoramento dos casos,
óbitos e do avanço da vacinação é realizado pelo Departamento de Monitoramento
e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas
Socioeducativas (DMF) do CNJ desde junho de 2020. O trabalho tem o apoio do
programa Fazendo Justiça, parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento, com apoio do Departamento Penitenciário Nacional, para
incidir em desafios no campo da privação de liberdade.