divulgação (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)
Governo
anuncia fim da tarifa extra para consumidores de energia
Conta de luz não terá cobrança extra a partir do dia 16 de abril
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta
quarta-feira (6) o fim da bandeira de escassez hídrica, em vigor desde setembro
do ano passado, e que gerava uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$
14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Com o fim da bandeira, não
haverá mais cobrança de taxa extra na conta de luz. A medida entra em vigor a
partir do dia 16 de abril, informou o presidente.
"Bandeira
verde para todos os consumidores de energia a partir de 16/04. A conta de luz
terá redução de cerca de 20%", postou Bolsonaro nas redes sociais. Em
seguida, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou uma nota oficial com o
mesmo teor das postagens do presidente sobre o assunto.
A
tarifa extra foi aprovada em meio à crise hidrológica que afetou o nível dos
reservatórios das usinas hidrelétricas do país em 2021. As usinas são a
principal fonte geradora de energia elétrica no país. De acordo com o governo
federal, foi a pior seca em 91 anos.
"Em
2021, o Brasil enfrentou a pior seca já registrada na história. Para garantir a
segurança no fornecimento de energia elétrica, o país utilizou todos os
recursos disponíveis e o governo federal teve que tomar medidas excepcionais.
Com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio, os
reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de
energia foi totalmente afastado", diz a nota do MME, também reproduzida
pelo presidente da República.
Segundo
a nota, o reservatório da usina de Furnas terminou o mês de março acima de 80%
de seu volume útil. O governo também informou a retomada da operação da
Hidrovia Tietê-Paraná, que ficou interrompida por sete meses.
Já
havia uma previsão de que a bandeira de escassez hídrica, patamar mais alto já
adotado pelo governo, terminaria no final deste mês, mas a medida anunciada
pelo MME e pelo presidente Jair Bolsonaro antecipa a redução em cerca de 15
dias. A perspectiva do governo é de que a bandeira verde vigore até o final do
ano.