divulgação (Foto: Fernando Martinho / Repórter Brasil)
Mineradora diz
que repórteres realizaram gravações sem o consentimento da empresa
A
Brazil Iron, mineradora inglesa que possui operações na Bahia, alega que os
jornalistas da Repórter Brasil (reveja aqui),
"realizaram gravações da área sem o consentimento da empresa,
desrespeitando o respeito à propriedade privada". A empresa também alega
que mão procede a informação de que a Polícia "foi acionada por uma
suposta invasão ou para intimidar os profissionais de imprensa".
"A Brazil Iron não poderia ter outra atitude, pois ela é
obrigada pelo Ministério da Defesa a reportar fatos desta natureza, uma vez que
possui no referido espaço armazenamento de combustíveis e explosivos. Ainda que
sem ter o conhecimento da gravidade deste ato, os profissionais de imprensa
colocaram em risco suas próprias vidas e a dos colaboradores que trabalhavam no
local. Operar aparelhos de radiofrequência em locais como o citado, sem os
devidos cuidados, pode gerar acidentes de proporções catastróficas",
pontuou a empresa em nota.
A empresa pontou ainda que "acredita que nenhum desses
jornalistas e nem aqueles que estiverem lendo esse comunicado gostariam que
alguém fosse filmar dentro de suas casas sem aviso prévio". "Além do
perigo que correu e infligiu a terceiros, a reportagem não respeitou as
determinações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e da Agência
Nacional de Aviação Civil (ANAC). Tais entidades oferecem regulamentações
claras ao informar que: a) operações de aerolevantamento devem possuir
autorização do Ministério da Defesa; b) é proibido sobrevoar áreas de
infraestrutura crítica; c) a utilização de drones para recreação devem ser
feitas em espaço de aeromodelismo (basta checar no site
https://www.decea.mil.br/drone/)", acrescenta.
A Brazil Iron revelou ainda que não solicitou a apreensão dos
equipamentos, e sim teria pedido que fossem apresentadas as imagens, a fim de
garantir que não mostrassem zonas críticas e de segurança. "A região da
Mina Mocó é conhecida por furtos de combustíveis e explosivos. Tornar público
os locais de armazenamento destes materiais pode gerar prejuízo a companhia e
perigo à população da região e a toda sociedade", diz em nota.
"Em momento algum a empresa ou qualquer de seus
colaboradores sequer ensaiou cercear o direito de apuração ou intimidar os
jornalistas. Muito pelo contrário. Em que pese as infrações e a gravação sem
aviso prévio, a Brazil Iron deixou claro, por diversas vezes, que estava à
disposição da reportagem para ajudá-los em todas as informações de que
precisassem. O próprio repórter disse que entraria em contato com o
departamento de comunicação da companhia, o que ainda não aconteceu. A Brazil
Iron fica agradecida pelo espaço cedido pelo Bahia Notícias para o seu
pronunciamento, algo que não foi feito por Repórter Brasil. O site publicou um
texto relatando apenas o seu lado da história, cerceando o direito ao “Outro
Lado”, como preza o manual do bom jornalismo", finaliza.