divulgação (Foto: Divulgação/Sidipoc)
Policiais Civis convoca a categoria para deliberar
pela Greve Geral; assembleia acontece nesta terça (15)
Segundo sindicado,
o Governo do Estado não cumpre Decisão Judicial que determina abertura de
diálogo a cada 30 dias. Possível greve será votada em assembleia geral.
Nesta
terça-feira, 15 de março, a os policiais civis da Bahia participam a partir das
9h, de uma grande Assembleia Geral Extraordinária, na Praça da Piedade, em
Salvador, oportunidade em que será votada a deflagração da greve dos Policiais
Civis da Bahia.
A assembleia acontece, segundo o Sindpoc (sindicato que
representa a categoria), após o Governo da Bahia descumprir a Decisão Judicial
proferida no último dia 03/02, pela Desembargadora Marielza Maués Pinheiro
Lima, determinando que o Estado a cada 30 dias discuta com os Policiais Civis
as reivindicações e apresente proposta, pondo fim no impasse que tange ao
salário de nível superior dos servidores.
“O clima entre os colegas Policiais Civis é de muita revolta,
até porque Decisão Judicial se cumpre e o governo não tem obedecido à Justiça.
Isso é muito grave! Quando nós do Sindpoc fazemos algum ato, obedecemos as
determinações judiciais. Sabemos que a greve é uma medida extrema, mas pelo
contexto se faz necessária, uma vez que os servidores estão indignados com a
falta de sensibilidade por parte do Governador. O desejo sempre foi chegarmos a
uma solução sem a necessidade de uma greve, mas o governo não demonstra
interesse numa resolução que não penalize a população”, pontuou Eustácio Lopes,
presidente do Sindipoc.
O lider sindical classifica como uma “manobra” por parte do
Estado não negociar com a categoria, visto que a lei estabelece como data
limite 30 de março para o governo negociar reajustes e afins, passando desta
data caberá à nova gestão estadual assumir a demanda.
“A luta pela regulamentação do salário de nível superior para
Investigadores, Escrivães e Peritos Técnicos, direito previsto na Lei Orgânica
da Polícia Civil do Estado da Bahia, nº 11.370/2009, em seu artigo 46,
parágrafo 1º, não é de agora, em 2022 completamos 13 anos, em que os servidores
têm sido lesados pelo Estado. É evidente que a gestão Rui Costa está buscando
protelar ao máximo em conversar conosco, pois só temos até 30 de março,
passando desta data, pela lei, caberá ao próximo governo abrir diálogo conosco
a respeito do tema. Definitivamente, nós Policiais Civis, que estamos no front
para investigar e elucidar crimes e mal feitos contra a sociedade, não
aceitaremos”, frisou Lopes.
Dalário de nível superior
O Movimento Juntos Somos Mais Fortes tem promovido diversos atos
e ações buscando sensibilizar o governo, infelizmente sem sucesso.
Em 2021 foram várias reuniões e manifestações em torno dessa
pauta. No dia 01 de 2022, teve início a Operação Padrão, que denuncia o desvio
de função dos servidores, dentre outras situações. Também foram realizados
vários Lockdowns nas delegacias, sendo que no último dia 10 de fevereiro
aconteceu a manifestação com cerca de 2.500 policiais no Centro de Salvador,
com ampla cobertura da imprensa e apoio de populares que passavam no local.
“Diante desse cenário de mobilizações articuladas e promovidas
pelo Movimento Juntos Somos Mais Fortes, concluímos que a luta pelo salário de
nível superior deve ser mantida constante e efetiva, pois só assim, o Governo
do Estado da Bahia cumprirá o que está previsto na Lei Orgânica da Polícia
Civil do Estado da Bahia, nº 11.370/2009, trazendo dignidade e valorização a
Investigadores, Escrivães e Peritos Técnicos”, concluiu Eustácio Lopes.