divulgação (Foto: Fotos Públicas)
Ucrânia: combate se alastra nos arredores de Kiev
Retirada de pessoas segue ameaçada no país
Combates
se alastravam nos arredores de Kiev neste sábado (11) e autoridades
ucranianas disseram que o forte bombardeio e ameaças de ataques aéreos da
Rússia colocam em risco as tentativas de retirar civis desesperados de cidades
sitiadas em outros locais.
O presidente ucraniano
Volodymyr Zelenskiy disse que a Rússia enviaria novas tropas, após as forças
ucranianas tirarem de ação 31 dos seus batalhões de grupos táticos, no que ele
chamou de a pior baixa do Exército russo em décadas.
Zelenskiy afirmou que
entre 500 e 600 soldados russos haviam se rendido apenas na sexta-feira e que
cerca de 1.300 soldados ucranianos foram mortos desde que o conflito começou.
Não foi possível verificar suas afirmações.
Zelenskiy também disse
que havia conversado com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente
francês, Emmanuel Macron, sobre pressionar a Rússia para libertar o prefeito da
cidade de Melitopol, que, segundo a Ucrânia, foi sequestrado na sexta-feira por
forças russas.
Mais de 2.000 moradores
da cidade no sul, que agora está sob controle da Rússia, protestaram no lado de
fora do prédio da administração municipal para exigir a libertação do prefeito,
Ivan Fedorov, disse o vice-chefe de gabinete do escritório da Presidência,
Kyrylo Tymoshenko.
A Rússia não comentou
sobre o destino de Fedorov, que segundo autoridades ucranianas foi sequestrado
pelas forças russas sob falsas acusações de terrorismo.
Scholz e Macron pediram
que o presidente russo, Vladimir Putin, declarasse um cessar-fogo imediato em
uma ligação telefônica de 75 minutos neste sábado, disse o porta-voz de Scholz.
O Kremlin disse que Putin os atualizou sobre as negociações e respondeu as suas
preocupações com a situação humanitária.
Zelenskiy disse que por
causa do conflito algumas pequenas cidades ucranianas não existem mais e que
qualquer negociação precisa começar com um cessar-fogo. As negociações em
andamento começaram a abordar tópicos concretos, em vez de apenas trocar
ultimatos, disse.
As informações do
Kremlin sobre a ligação com Macron e Scholz não mencionam um cessar-fogo e
acusam a Ucrânia de usar civis como escudos humanos.
Zelenskiy afirmou que a
Ucrânia não poderia parar de lutar, mas defende um cessar-fogo em torno de um
“corredor humanitário” que foi concordado no porto de Mariupol, no sul, e pediu
que a Rússia fizesse o mesmo.
Moscou havia culpado
anteriormente Kiev pelo fracasso da retirada de pessoas.
Putin lançou a invasão
em 24 de fevereiro em uma operação que foi quase universalmente condenada ao
redor do mundo e que atraiu duras sanções do Ocidente contra a Rússia.