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Embaixada pede
que brasileiros se mantenham 'alertas e atualizados' na Ucrânia
A embaixada do Brasil em Kiev divulgou um
comunicado nesta sexta-feira (11) no qual recomenda que os cidadãos brasileiros
na Ucrânia se mantenham em alerta em meio ao aumento da tensão com a Rússia na
região.
O
órgão, contudo, informou que não há recomendação contrária à presença dos
brasileiros no país.
"A Embaixada reitera que os cidadãos brasileiros devem
manter-se alertas e sempre atualizados por meio de fontes locais e
internacionais confiáveis. Ao mesmo tempo, não há recomendação de segurança
contrária à permanência na Ucrânia", diz trecho do comunicado.
A representação diplomática afirmou ainda que, "em caso de
emergência, divulgará alertas e transmitirá recomendações relevantes para a
comunidade brasileira por meio de suas mídias sociais (Facebook e Twitter), sua
página oficial e, se necessário, outros meios de comunicação".
A embaixada dos EUA na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu
pessoal não essencial da sede em Kiev, e Moscou também informou que reduziu seu
corpo diplomático no país vizinho. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda,
Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que
deixem a Ucrânia.
Na
sexta (11), os Estados Unidos repetiram alertas de que Rússia pode invadir
Ucrânia "a qualquer momento", sem citar evidências específicas. O
conselheiro de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, afirmou que o
ataque poderia ocorrer antes mesmo do fim das Olimpíadas de Inverno, em Pequim,
que terminam no próximo dia 20.
Neste sábado (12), em conversa telefônica com o presidente
francês, Emmanuel Macron, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou de
"especulação provocativa" a alegação de que prepara uma invasão.
"Vladimir Putin e Emmanuel Macron discutiram [...]
especulações provocativas relacionadas a uma suposta 'invasão' russa da
Ucrânia, acompanhada por entregas significativas de armas modernas para aquele
país", informou o Kremlin em comunicado.
Macron, por sua vez, disse a Putin que "um diálogo sincero
não é compatível com uma escalada militar" na fronteira da Rússia com a
Ucrânia, informou o Palácio do Eliseu.
Após o telefonema de Macron, Putin iniciou uma conversa
telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para tratar o mesmo
assunto.
Também
neste sábado, os chefes das diplomacias russa e americana também se falaram por
telefone.
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse
ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a "campanha de
propaganda lançada pelos Estados Unidos e por seus aliados sobre uma 'agressão
russa' tem como fim provocar e encorajar as autoridades de Kiev" a um
eventual conflito no Donbass, região no leste do país onde as forças ucranianas
enfrentam há oito anos os separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.