divulgação (Foto: Reprodução)
Para CNM
reajuste de 33% a professores não tem base legal
Após o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinar
uma portaria estabelecendo um reajuste de 33% no piso da educação básica, a
Confederação Nacional de Municípios (CNM) se manifestou, nesta
sexta-feira (4) contra a medida. Para a instituição, a iniciativa do governo
federal não tem “base legal”, além de que teria “faltado planejamento e
comunicação para definir o reajuste, já que os valores serão repassados pelos
municípios”.
“Ao
entender que a portaria não tem base legal, a CNM reafirma que vai continuar
acompanhando a discussão no âmbito jurídico, a fim de garantir que haja clareza
diante da indefinição criada, bem como mantendo orientação aos gestores de que
seja feito o reajuste dado às demais categorias da administração municipal e
fiquem atentos à discussão em âmbito nacional”, ressalta a nota.
Conforme divulgou o Portal Metrópoles,
parceiro do Bahia Notícias, a CNM também enfatizou que, com a assinatura da
portaria, a União evidencia que “não respeita a gestão pública no país”.
Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Jair
Bolsonaro (PL) e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, assinaram o documento.
Segundo o chefe da Educação, nenhum profissional receberá menos do que R$ 3,8
mil. “Em 2022, portanto, nenhum profissional do magistério e escola pública
poderá receber menos de R$ 3,845,63. Cerca de 1,7 milhão de docentes serão
beneficiados. É importante destacar que a valorização dos professores vai muito
além do reconhecimento por meio de melhores salários”, disse Milton Ribeiro
durante a cerimônia.
O
aumento é maior do que o recomendado pelo Ministério da Economia, de 7,5%. O
tema também gera divergências entre governo federal e estados e municípios.
Gestores locais temem que o reajuste provoque grande pressão nas contas e
aumente, de forma considerável, os gastos.
Pela Lei do Magistério, o reajuste de professores é atrelado ao
chamado valor por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), definido pelo
Ministério da Educação.
Com a aprovação do novo Fundeb, a remuneração de professores deve
seguir a variação do ICMS recolhido pelos estados e também a variação da
inflação nos últimos dois anos — o reajuste do valor por aluno deve ser de 33%
em 2022.