divulgação (Foto: Reprodução)
Profissional de saúde leva tapas durante vacinação em Salvador; agressor
fugiu
A agressão aconteceu no 5º centro, em Salvador
A vacinação contra Covid-19 no 5º Centro de
Saúde em Salvador foi marcada por um episódio de violência na manhã desta
sexta-feira (4). Uma funcionária que atuava na organização do processo de
imunização foi agredida com três tapas nas costas por um homem que esperava
para receber a vacina.
“Ele
gritava, estava xingando, procurando confusão. De repente invocou com uma
colega que não tinha nada a ver e deu três tapas nas costas dela”, diz uma
colega que estava no local no momento da agressão. A funcionária, que pediu
para não ser identificada, detalha que o homem tentou fugir após agredir a
funcionária.
“A
gente fechou a porta do posto pra ele não sair, tivemos que segurar até um
policial chegar. O próprio policial teve que deitar no chão com ele, porque ele
tinha muita força”, diz ela que alega que o primeiro PM demorou cerca de 10
minutos para chegar ao local. Um segundo soldado foi chamado e o homem foi
algemado e levado à delegacia.
Segundo
a funcionária, que trabalha na vacinação desde o início, em janeiro de 2021, as
agressões são constantes no dia a dia de trabalho. “Foi a primeira vez que
houve caso de agressão física, mas as agressões verbais acontecem o tempo todo.
As pessoas querem um atendimento rápido, mas a demanda é muito alta, não
dá para fazer correndo”, alega.
Sobre
a segurança no local, o diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do
Salvador (Sindseps), explica que a segurança é dividida entre a Guarda Civil
Municipal e Policiais Militares - que fazem a segurança através da Assistência
Militar. “É pago um valor para a PM mande aquele soldado na folga dele para
fazer um extra, mas por ser PM ele precisa obedecer a hierarquia da corporação.
O ideal seria termos mais guardas municipais”, acredita o representante
sindical.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), procurada pelo Metro1,
informou que a lentidão no processo de vacinação no início da manhã desta sexta
ocorreu devido a uma "instabilidade
no provedor de rede (internet)", o que prejudicou o lançamento dos
lotes da vacina no sistema. De acordo com a nota do departamento, porém, o
atraso foi de apenas "alguns minutos".
A
funcionária que sofreu a agressão está recebendo apoio da secretaria, ressalta
o comunicado. "A vítima registrou queixa na Delegacia e o agressor foi
conduzido para a unidade policial por desacato a funcionário público -
crime previsto no artigo 331 do Código Penal. A funcionária da unidade está
recebendo o devido acolhimento e suporte da SMS".