divulgação (Foto: Reprodução)
Bompreço afasta seguranças envolvidos em agressão a jovens em shopping
de Salvador
Medida foi adotada após unidade abrir sindicância interna para apurar
caso de racismo
A unidade do supermercado Bompreço do Salvador Shopping, na capital
baiana, demitiu um funcionário e afastou os seguranças acusados de envolvimento
no caso de racismo contra três
jovens participantes de um projeto social de artes
marciais. A informação foi confirmada pelo Grupo Big Bompreço, que administra o
estabelecimento, nesta quarta-feira (2).
A denúncia exposta pelo professor Yuri Carlton, fundador do Projeto
Social Boa Luta, indica que os seguranças teriam trancado, dentro de uma sala
do supermercado, três adolescentes negros, de 14, 16 e 19 anos. No local, eles
teriam sido agredidos e ameaçados de morte por uma acusação de furto no
shopping. Pouco mais de uma semana depois, os mesmos seguranças
responsáveis pela ação teriam tentado sequestrá-los no bairro do Imbuí.
Após tomar conhecimento do fato, a empresa informou que abriu uma sindicância interna
nesta terça-feira (1º) para apurar a situação, o que levou
às recentes medidas adotadas pelo Bompreço.
"Após sindicância interna, realizada assim que tomou conhecimento
da ocorrência, o Bompreço afastou os seguranças terceirizados e demitiu o
colaborador envolvido na abordagem indevida", afirma a nota do grupo.
"Neste momento, a maior preocupação é com a segurança dos três
adolescentes", complementa.
Em entrevista ao Metro1 na manhã desta quarta, Carlton
havia revelado que o Bompreço ainda não havia
entrado em contato com as vítimas. Nesta tarde, porém, a empresa
comunicou que já falou com os responsáveis pelo Projeto Boa Luta
"para se colocar à disposição e prestar toda assistência necessária aos
meninos". Na nota, o Bompreço esclarece também que "seus
representantes estiveram na delegacia para acompanhar a apuração do caso e
enfatiza que está à disposição para colaborar com as investigações".