divulgação (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
Governo da Bahia manterá congelamento de ICMS sobre
combustíveis por mais 60 dias
O governo da Bahia afirmou nesta quinta-feira (27)
que vai manter o congelamento dos preços de referência do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) por mais 60 dias. Em nota, a gestão esclareceu
alguns pontos sobre o tributo, uma delas foi a de que não houve a alteração das
alíquotas de ICMS para combustíveis na Bahia.
"As frequentes altas
registradas nas bombas decorrem da política de preços da Petrobras, que gera a
maior parte da sua produção em território brasileiro, com custos em reais, mas
insiste em dolarizar os valores praticados para o mercado interno, o que tem
resultado em frequentes reajustes dos combustíveis e em forte pressão
inflacionária. A Petrobras precisa explicar esta política à população
brasileira, que tem sido extremamente penalizada pela escalada nos
preços", frisou o governo.
De acordo com o estado, na
expectativa de que o Governo Federal e a Petrobras promovessem a revisão da
política de preços da empresa, os estados estabeleceram o congelamento por 90
dias, a partir de 1º de novembro de 2021, dos valores de referência sobre os
quais incide a cobrança do ICMS dos combustíveis.
Desde então, pontuou o
comunicado, os preços continuaram aumentando e a gasolina, por exemplo, já é
vendida hoje nos postos baianos pelo valor médio de R$ 6,90. Enquanto os preços
ao consumidor continuaram subindo, tanto a alíquota quanto o preço de referência
para cobrança do ICMS permanecem congelados.
Ao contrário de outros governos
estaduais, a Bahia não enviou novas tabelas com ajustes nos valores de
referência ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) após o anúncio
de congelamento previsto para o próximo dia 31 de janeiro.
"Nesta quinta-feira (27), em
reunião do Confaz, os estados decidiram demonstrar mais uma vez boa vontade,
prorrogando por mais 60 dias o congelamento, na esperança de que o Governo
Federal possa fazer a sua parte, com a adoção de soluções estruturais para a
estabilização dos preços dos combustíveis", acrescentou.
O posicionamento do governo do
estado reforçou o a declaração do governador Rui Costa (veja aqui) ao
afirmar que a atual situação beneficia petrolífera e seus acionistas,
fazendo com que a empresa registrasse lucro líquido de R$ 135 bilhões e receita
líquida de R$ 393,4 bilhões em um ano. "Para se ter uma ideia, a receita
líquida da Petrobras em doze meses equivale a quase oito vezes o orçamento do
Estado da Bahia, que presta serviços a 15 milhões de baianos", finalizou o
texto.