divulgação (Foto: Reprodução / Instagram)
UFC: Carlos Boi
se defende após ter sido flagrado no antidoping: 'Não fiz uso de nada'
O lutador Carlos Boi foi flagrado
no exame antidoping do UFC. O anúncio foi feito nesta terça-feira (18). De
acordo com a informação do site MMA Fighting, o teste feito em 16 de outubro de
2021, pela Comissão Atlética de Nevada, foi detectado o agente anabolizante
Boldenone e seus metabolitos. Em vídeo publicado nesta quarta (19), no Instagram,
o baiano se defendeu da acusação, disse que não fez uso da substância proibida
e que passou em todos os testes realizados pela Agência Antidoping dos EUA (da
sigla em inglês, USADA).
"Como todos sabem fui pego
no doping pela substância chamada Boldenone. Estou aqui para dizer que tenho
plena consciência que não fiz uso de nada. Tenho testes da USADA, principal
órgão regulamentador de antidoping do UFC. Inclusive, 20 dias antes da luta fiz
o teste e deu limpo, 20 dias depois fiz o teste e deu limpo, e 30 dias depois
fiz outro teste ainda e deu totalmente limpo. Só esse da luta, que não foi pela
USADA e sim pela Comissão Atlética, que deu positivo. O que faz gerar uma certa
dúvida aí. Como é que uma substância para cavalo vai sair do meu corpo assim
tão rápido? Não vejo explicação plausível para isso. Estou me sentindo muito
injustiçado, porque quem me conhece sabe que até remédio eu evito tomar e
sempre pesquiso. Quando os médicos passam algum medicamente, eu vou lá, procuro
no site para não haver esse tipo de coisa e evito tomar. Até na semana da luta,
eu estava com sinusite querendo piorar e não podia tomar o remédio, porque tem
um para sinusite que no período de luta conta como doping, então não tomei e
lutei até meio com sinusite. Para chegar agora dá um teste positivo desse de
uma coisa que eu tenho certeza que não tomei", afirmou.
O flagra aconteceu na derrota
para o bielorrusso Andrei Arlovsk. Carlos Boi foi suspenso por 18 meses e
também multado em 15% do valor da bolsa recebido pela luta, que corresponde a
US$ 4.200, mais US$ 489 em taxas, o que equivalente a cerca de R$ 26 mil no
total. Sem dinheiro para arcar com as custas do processo de defesa, o lutador
de Feira de Santana não vai contestar o resultado da Comissão Atlética de
Nevada.
"Infelizmente o custo da
defesa sairia muito caro, sem condições para mim. Só de advogado seriam mais de
10 mil dólares, fora cada suplemento que teria que ser testado e seriam mais de
5 mil. Essa questão do suplemento já pode se considerar fora de hipótese.
Porque até o pessoal da USADA, que está envolvida e entende do assunto, falou
que não teria sentido fazer o teste de suplemento a partir desse pressuposto de
suplemento contaminado, porque se fosse contaminado, o teste da USADA que fiz
depois da luta encontraria resquícios da substância e nem isso foi encontrado.
Só no teste da Comissão Atlética que acusou isso. Fica aí a dúvida",
disse.
O período de suspensão é
retroativo à data do exame, com isso Carlos Boi só voltará a lutar a partir do
dia 16 de abril de 2023.
"Acho uma palhaçada. Atrasa
a vida de uma pessoa em praticamente dois anos, sendo que a pessoa não fez
nada. Ficar parado um ano e meio praticamente por uma coisa que não fiz. Estou
sendo julgado injustamente. Mas é isso aí, vamos voltar mais fortes. O que não
mata, fortalece", finalizou.
Esta é a segunda vez que Carlos
Boi é flagrado no doping do UFC. Em outubro de 2017, cerca de um mês após
assinar contrato com a franquia, ele testou positivo para o uso de esteroides,
em exame realizado pela USADA. Na época, ele foi suspenso por dois anos e adiou
a estreia para julho de 2020.
Lutador dos pesados (até
120,2kg), Carlos Boi disputou cinco lutas no UFC, sendo três vitórias e duas derrotas.