Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2025

Brasil

Publicada em 15/01/22 às 17:12h - 31 visualizações
Brasileiro roubou nome de criança morta nos EUA e viveu como americano por 25 anos
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Metro1

divulgação  (Foto: Reprodução Twitter)

Brasileiro roubou nome de criança morta nos EUA e viveu como americano por 25 anos

O homem, que se apresenta como William Ericson Ladd, construiu carreira na aviação no país norte-americano

 

Segundo o governo americano, o brasileiro Ricardo César Guedes foi preso acusado de ter roubado a identidade de uma criança morta nos Estados Unidos e se passado por ela. O caso demorou 25 anos para ser descoberto.

Usando o nome de William Ericson Ladd, Ricardo construiu carreira na aviação no país norte-americano, se casou e ainda comprou uma série de bens. A criança que teve o nome roubado teria nascido em Atlanta, no estado da Geórgia, em 1974, e morrido cinco anos depois. 

O homem chegou ao cargo de comissário sênio e participou de voos humanitários durante a retirada das tropas ocidentais do Afeganistão, em agosto de 2021. 

Com o nome de Eric Ladd, ele também chegou a aparecer no jornal Folha de S. Paulo, em 2012, por ter sido a primeira pessoa a comprar uma nova versão do iPad em Nova York após 30 horas de fila.

Segundo a Folha, não se sabe exatamente como Guedes conseguiu a identidade da criança morta, mas, segundo o governo americano, ele entrou duas vezes no país com o nome brasileiro e visto de turista, em 1994 e 1996. No ano desta segunda viagem, Guedes conseguiu emitir um número de seguridade social (equivalente ao CPF no Brasil) com o nome de Ladd, morto havia 17 anos, no estado da Carolina do Norte, vizinho da Geórgia. Em 1997, foi contratado pela United Airlines —ele havia feito cursos de comissário de bordo no Brasil.

Em 2020, quando ele foi se casar e sua esposa pediu para incluir o sobrenome do marido, uma luz de alerta se acendeu. O Escritório de Assuntos Consulares do Departamento de Estado estranhou que o número de seguridade social tivesse sido emitido só quando ele tinha 22 anos —o documento muitas vezes é expedido para bebês, que precisam ser inscritos em planos de saúde dos pais ou em programas de benefícios do governo.




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