divulgação (Foto: Reprodução Twitter)
Brasileiro roubou nome de criança morta nos EUA e viveu como americano
por 25 anos
O homem, que se apresenta como William Ericson Ladd, construiu carreira
na aviação no país norte-americano
Segundo o governo americano, o brasileiro
Ricardo César Guedes foi preso acusado de ter roubado a identidade de uma
criança morta nos Estados Unidos e se passado por ela. O caso demorou 25 anos
para ser descoberto.
Usando
o nome de William Ericson Ladd, Ricardo construiu carreira na aviação no país
norte-americano, se casou e ainda comprou uma série de bens. A criança que teve
o nome roubado teria nascido em Atlanta, no estado da Geórgia, em 1974, e
morrido cinco anos depois.
O
homem chegou ao cargo de comissário sênio e participou de voos humanitários
durante a retirada das tropas ocidentais do Afeganistão, em agosto de
2021.
Com
o nome de Eric Ladd, ele também chegou a aparecer no jornal Folha de S. Paulo,
em 2012, por ter sido a primeira pessoa a comprar uma nova versão do iPad em
Nova York após 30 horas de fila.
Segundo
a Folha, não se sabe exatamente como Guedes conseguiu a identidade da criança
morta, mas, segundo o governo americano, ele entrou duas vezes no país com o
nome brasileiro e visto de turista, em 1994 e 1996. No ano desta segunda
viagem, Guedes conseguiu emitir um número de seguridade social (equivalente ao
CPF no Brasil) com o nome de Ladd, morto havia 17 anos, no estado da Carolina
do Norte, vizinho da Geórgia. Em 1997, foi contratado pela United Airlines —ele
havia feito cursos de comissário de bordo no Brasil.
Em 2020, quando ele foi se casar e sua esposa pediu para incluir
o sobrenome do marido, uma luz de alerta se acendeu. O Escritório de
Assuntos Consulares do Departamento de Estado estranhou que o número de
seguridade social tivesse sido emitido só quando ele tinha 22 anos —o documento
muitas vezes é expedido para bebês, que precisam ser inscritos em planos de
saúde dos pais ou em programas de benefícios do governo.