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Estado de São Paulo vai indenizar famílias de vítimas de ação policial
em Paraisópolis
Nove pessoas morreram pisoteadas em um baile funk em SP depois que a PM
realizou uma operação nas ruas do bairro
O
estado de São Paulo vai indenizar os familiares dos nove jovens, entre 14
e 23 anos, que morreram após ação
da Polícia Militar durante um baile funk em Paraisópolis, em dezembro de 2019.
A
Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Defensoria Pública de São Paulo
finalizaram nesta semana os acordos administrativos para fazer a indenização.
A
pedido das próprias famílias e conforme prevê a lei, os valores e os termos dos
acordos são sigilosos, tendo sido fixados a partir de critérios jurídicos semelhantes
aos que garantiram, também em 2019, indenizações administrativas às vítimas e
familiares do ataque ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em
Suzano (SP).
A
Procuradoria-Geral do Estado já finalizou a análise de todos os pedidos feitos pela
Defensoria Pública e disponibilizou os valores para pagamento das indenizações.
Os primeiros depósitos foram feitos nesta semana e os demais aguardam
informações a serem fornecidas pela Defensoria.
Segundo
a PGE, trata-se de ação interinstitucional que garantiu, em curto espaço de
tempo, a análise jurídica dos fatos sob o ponto de vista da responsabilidade
civil objetiva do Estado, não havendo, nessa esfera, exame de eventuais
responsabilidades individuais no episódio, as quais são apuradas em sede própria.
Processo
criminal - Apesar de o acordo na esfera administrativa ter sido
concluído, o processo criminal continua seguindo normalmente. Em julho, o
Ministério Público de São Paulo denunciou os 13 policiais militares que
participaram da operação na comunidade de Paraisópolis. Desses, 12 foram
denunciados por homicídio e um por colocar pessoas em perigo com uma explosão.