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Debandada de auditores fiscais chega ao Carf e 635 já entregaram cargos
de chefia na Receita
Auditores passaram a entregar cargos comissionados na Receita Federal em
protesto contra reajuste somente para policiais federais
A
adesão ao movimento
de auditores da Receita Federal de entrega de cargos de chefia após
o Congresso prever no Orçamento de 2022 reajuste salarial para policiais
federais cresceu nesta quinta-feira (23).
A
mobilização da categoria chegou ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais). O órgão é uma espécie de tribunal da Receita.
Segundo
o Sindifisco (sindicato da categoria), 44 auditores deixaram seus cargos. Com a
medida, eles irão voltar para funções na Receita. Ao todo, 635 auditores já
abriram mão de cargos comissionados.
O
movimento é uma resposta à aprovação do Orçamento por deputados e senadores na
terça (21) com um pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), de
contemplar com aumento de salário os policiais, sua base política, em ano
eleitoral.
A
Receita tem 7.950 auditores, 6.071 analistas e 2.938 funções comissionadas. Com
a debandada, os servidores deixam os postos, mas seguem na carreira, uma vez
que são concursados.
Nesta
quinta, o Sindifisco afirmou que a entrega dos cargos de conselheiros do Cart
têm potencial para já começar a afetar o julgamento de recursos no órgão.
"A
entrega de cargos envolve o compromisso de que ninguém irá ocupar o cargo que o
outro entregou", afirmou o sindicato, em nota.
A
entidade realiza também nesta quinta uma assembleia para decidir sobre uma
paralisação nacional.