divulgação (Foto: Reprodução)
"Não sou assassino", diz responsável pela compra de fogos da
Boate Kiss
Luciano Augusto Bonilha Leão passou
mal e precisou ser encaminhado à enfermaria do Tribunal de Justiça
Um dos
réus do caso da boate Kiss, Luciano Augusto Bonilha Leão, chegou ao Fórum de
Porto Alegre nesta quarta-feira (1º), nervoso e chegou a chorar no prédio. O
artista também gritou "não sou assassino". Ele é um dos acusados de
serem responsáveis na boate na madrugada de 27 de janeiro de 2013.
Luciano passou mal e precisou ser encaminhado para a enfermaria
do Tribunal. Ele era produtor musical da banda Gurizada Fandangueira, que se
apresentava na boate Kiss no dia do incêndio. Hoje, atua como DJ.
Ao todo, são quatro réus que serão julgados por 242 homicídios
simples com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, mesmo sem
intenção. O número corresponde às vítimas fatais do incêndio. Além disso, eles
também são acusados de 636 tentativas de assassinato, número de feridos na
ocasião.
Os outros três réus são Elissandro
Callegaro Spohr, sócio da boate Kiss; Mauro
Londero Homann, sócio da boate Kiss; Marcelo
Jesus dos Santos, músico.
Depois de quase nove anos de espera, e com previsão de durar de
10 a 15 dias, o julgamento então teve começo. Caberá
a um júri formado por sete pessoas decidir se os quatro réus são culpados pelos
crimes de homicídio e tentativa de homicídio por dolo eventual (quando a pessoa
assume o risco de matar alguém com suas ações) pelo incêndio ocorrido.
O incêndio na boate Kiss deixou 242 mortos e 636 vítimas.