divulgação (Foto: Reprodução / Agência Petrobras)
Venda da
Landulpho Alves é finalizada e Petrobras deve receber US$ 1,8 bilhão
A
Petrobras anunciou no início da noite desta terça-feira (30) que finalizou a
venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do
Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Também foram negociados os
ativos logísticos associados para o Mubadala Capital.
A operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$
10,1 bilhões) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65
bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das
variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento
da transação.
De acordo com a estatal de economia mista um ajuste final do
preço de aquisição ainda é previsto para os próximos meses. A refinaria é a
primeira dentre as oito que estão sendo vendidas pela Petrobras a ter o
processo concluído. A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a
operação, assumirá a partir de 1º de dezembro a gestão da RLAM, que passa a se
chamar Refinaria de Mataripe.
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, considerou que
a conclusão da venda reflete a importância da gestão de portfólio além de
fortalecer a estratégia da companhia.
“Esta operação de venda é um marco importante para a Petrobras e
o setor de combustíveis no país. Acreditamos que, com novas empresas atuando no
refino, o mercado será mais competitivo e teremos mais investimentos, o que
tende a fortalecer a economia e gerar benefícios para a sociedade. É também
parte do compromisso firmado pela Petrobras com o CADE para a abertura do
mercado de refino. Do ponto de vista da companhia, é um avanço na sua
estratégia de realocação de recursos. No segmento de refino, a Petrobras vai se
concentrar em cinco refinarias no Sudeste, com planos de investimentos que a
posicionará entre as melhores refinadoras do mundo em eficiência e desempenho
operacional”,disse.
Já o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren,
afirmou que a prioridade da empresa é garantir excelência na produção e
operação da refinaria, "além de uma transição estruturada, serena e sem
ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente.
Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo que temos com o país e as
regiões onde atuamos. Este é certamente um dos objetivos da Acelen”, disse.
A Petrobras lembra que além da RLAM, outras duas refinarias já
tiveram seus contratos de venda assinados: a Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no
Amazonas, cuja assinatura ocorreu em 25/8, e a Unidade de Industrialização do
Xisto (SIX), no Paraná, com contrato assinado em 11/11.
Quando também forem concluídos os processos de desinvestimento
dessas duas unidades, a Petrobras responderá por cerca de 50% do abastecimento
do mercado de combustíveis no país. Além da Petrobras e dos novos operadores
dessas refinarias, o mercado também é suprido por importadores e produtores de
biocombustíveis.
Com a finalização da venda, inicia-se uma fase de transição em que
as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações da Refinaria de
Mataripe. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando
qualquer interrupção operacional. A Petrobras e o Mubadala Capital reafirmam o
compromisso estrito com a segurança operacional na refinaria em todas as fases
da operação.
Como já informado nas fases anteriores do processo de venda,
nenhum empregado da Petrobras será demitido por conta da transferência do
controle da RLAM para o novo dono. Os empregados da Petrobras poderão optar por
transferência para outras áreas da empresa ou aderir ao Programa de
Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios.