divulgação (Foto: Reprodução)
Faculdade 2 de Julho usa CNPJ diferentes para burlar bloqueios da
receita, denuncia professor
Em greve, professores estão convocando alunos para um ato no sábado
(27), em frente a faculdade
Na última terça-feira (23), professores da Faculdade 2 de
Julho entraram em greve por falta de pagamento há mais de seis meses. Agora,
em reunião com os estudantes, descobriram que os boletos pagos pelos alunos
tinham como destino diferentes CNPJs, ou seja, estavam destinados a pessoas
jurídicas distintas.
A denúncia foi feita pelo professor dos cursos de Direito e
Administração Efson Lima. Segundo ele, alunos da faculdade enviaram fotos de
seus boletos em que consta que o pagamento não está sendo feito para o CNPJ
oficial da empresa.
Ainda de acordo com Lima, em conversa com o diretor da instituição
Marcos Baruch, ficou evidente a ilegalidade da ação. "O professor Baruch
disse que seria uma forma de burlar os bloqueios da receita. São várias contas,
em vários lugares, em Lauro de Freitas, Feira de Santana", afirma Lima.
O professor explica que não há previsão de retorno das aulas, já que
ainda não houve o pagamento dos salários em atraso. Ele e outros professores da
instituição estão convocando estudantes para um ato na manhã do próximo sábado
(27), em frente a faculdade.
Até o momento de publicação, o Metro1 não conseguiu contato com o
diretor Marcos Baruch para confirmar as denúncias.
Em nota, a instituição afirmou que não irá substituir os professores que
aderiram à greve. Além disso, o não pagamento dos salários se dá por falta de
recursos da instituição. "Hoje, a F2J possui apenas 240 alunos nos três
cursos, quando o ideal seria 1300 estudantes para honrar a folha de pagamento",
diz trecho. A instituição afirma ainda não ter fins lucrativos e estar lidando
com dívidas históricas.