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Inflação acelera em outubro e é a maior em quase 20 anos, aponta IBGE
Combustíveis, mais uma vez, foram os
principais responsáveis por elevação no período
A inflação chegou aos 10,67% no Brasil, nos últimos 12 meses, após o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em outubro, chegar a
1,25%, o maior desde 2022, quando atingiu 1,31%. Os dados foram divulgados
nesta quarta-feira (10), pelo IBGE.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em
outubro, com destaque para os transportes (2,62%), principalmente, por conta
dos combustíveis (3,21%).
A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do
mês (0,19 p.p.). Foi a sexta alta consecutiva nos preços desse combustível, que
acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% ao longo do último ano.
Também aceleraram os preços das passagens aéreas (33,86%). Outro
destaque foi a aceleração dos preços do transporte por aplicativo (19,85%), que
já haviam subido 9,18% em setembro.
Os automóveis novos (1,77%) e usados (1,13%) também seguem em alta e
acumulam, em 12 meses, variações de 12,77% e 14,71%, respectivamente.
Os preços também avançaram no grupo dos alimentos e bebidas (1,17%),
segunda maior contribuição (0,24 p.p.) no IPCA, puxado pelas altas no tomate
(26,01%) e na batata-inglesa (16,01%), que fizeram acelerar a alimentação no
domicílio (1,32%).
Também subiram o café moído (4,57%), o frango em pedaços (4,34%), o
queijo (3,06%) e o frango inteiro (2,80%). Por outro lado, recuaram os preços
do açaí (-8,64%), do leite longa vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).
A alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,78%
em outubro, principalmente por conta do lanche (1,31%), que havia apresentado
variação negativa no mês anterior (-0,35%). A refeição (0,74%), por sua vez,
desacelerou frente ao resultado de setembro (0,94%).