Divulgação (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
Covid-19 volta a aterrorizar a Europa, América e em países como China e
Rússia
Indicadores voltaram a crescer,
enquanto no Brasil o aumento da vacinação derruba o número de casos,
hospitalizações e mortes
Enquanto o aumento da vacinação
derruba o número de casos, hospitalizações e mortes no Brasil, alguns desses
indicadores voltaram a crescer em diversos países na América, Europa e em
nações como Rússia e China.
Na Europa, a semana terminada em 19 de outubro contabilizou 1,3
milhão de casos, alta de 7% em relação à anterior, segundo o Centro Europeu de
Controle de Doenças. Embora países com altos índices de imunização já tenham
ligado o alerta, o problema é mais grave na Europa Oriental em razão da
vacinação lenta.
O caso mais emblemático é a Romênia, onde a vacinação total
atingiu apenas 31% da população, segundo a Universidade Johns Hopkins. Foram
226 mortes por 1 milhão de habitantes nas duas semanas encerradas em 21 de
outubro.
Mas o avanço da covid também afeta países com alta imunização,
como a Bélgica, onde a média de mortes por 1 milhão de habitantes era de 82 há
quatro semanas, número que só não é maior porque a vacinação completa no país
atingiu 74%.
Já nas Américas, a situação preocupa em ao menos seis países,
incluindo o "vacinado" Canadá. Mesmo com 74% de imunizados, o país
enfrenta a quarta onda após queda no ritmo da vacinação em agosto: passou de
3,6 milhões de imunizados na semana de 4 de julho para 553 mil na de 24 de
outubro.
Atualmente com 58% de vacinados, o México parecia ter controlado
a doença em maio, mas uma terceira onda elevou as ocorrências: 4.900 mortos na
semana terminada em 5 de setembro. A vacinação em massa a partir de agosto
derrubou os índices, embora o número de mortos continue em patamar elevado:
1.800 na semana terminada em 24 de outubro.
Após o que parecia o fim da segunda onda em agosto, o número de
casos no Chile voltou a crescer em setembro, terminando a semana de 24 de
outubro com 11 mil notificações, quase quatro vezes mais do que em 12 de
setembro. A boa notícia é que a vacinação de 77% da população impediu o aumento
de mortes, atualmente estabilizada em 60 por semana.
Apesar de 75% dos chineses estarem totalmente vacinados,
"desde 17 de outubro ocorreram vários surtos locais espalhados na China, e
eles estão se expandindo rapidamente", afirmou no domingo (24) o porta-voz
da Comissão Nacional de Saúde da China, Mi Feng.
O surto foi detectado pela primeira vez em 16 de outubro entre
um grupo de Xangai que viajou por diversas províncias do norte da China, como
Mongólia Interior, Gansu, Ningxia e a capital Pequim. Ao todo, 133 infecções
foram relatadas até domingo, 106 ligadas a 13 grupos turísticos.
Se na China o aumento é pontual, a Rússia a pandemia nunca foi
tão grave: foram 1.159 óbitos e 40.096 infectados em 28 de outubro, segundo
dados do governo. Ao todo, o país contabilizou 142 mil casos na semana de 24 de
outubro e 7 mil mortos no período, um recorde no país.
O avanço por lá se deve à imunização de apenas 33% dos russos,
embora eles tenham desenvolvido quatro vacinas, como a Sputnik V. Para mudar o
quadro, o país criou um feriado de vacinação entre 28 de outubro e 7 de
novembro.
*Com informações UOL