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Terapias conjugadas aumentam a eficácia do combate ao câncer de mama
A
pandemia reduziu os diagnósticos e a busca pelo tratamento, mas ciência avança
na combinação de medicamentos biológicos e quimioterapia para combater a doença
O câncer de mama passou a ser o mais prevalente no
mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde: foram 2,3 milhões de
diagnósticos e 685 mil mortes globalmente em 2020. No Brasil, também é um dos
mais incidentes. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê, infelizmente, um
número alto de casos para este ano: 66,2 mil. Por isso, a ciência é incansável
na busca pelos melhores caminhos de tratamento e cura.
Uma das trilhas que vem se mostrando bem-sucedida é
a combinação de medicamentos biológicos com a quimioterapia. As chamadas
terapias conjugadas têm aumentado de forma importante a taxa de respostas das
pacientes aos tratamentos. E, quando não há uma resposta completa, ainda nos
deixa um arsenal maior de alternativas em comparação às terapias convencionais,
para buscarmos a cura.
Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA),
nos Estados Unidos, aprovou três novos medicamentos para o tratamento do câncer
de mama metastático HER2+ para fins da terapia conjugada. E, boa notícia: no
Brasil, já usamos outras drogas para esta abordagem clínica com resultados
positivos. O câncer de mama HER2+ é responsável por cerca de 25% dos casos
deste tipo de neoplasia. Ele tende a crescer e a se disseminar mais rapidamente
do que outros.
Portanto, as terapias direcionadas à proteína HER2,
que fica na camada externa das glândulas mamárias, revolucionaram o combate à
doença, tanto no estágio inicial quanto nos metastáticos. O medicamento
biológico trastuzumabe tem sido a base deste tratamento, em combinação com a
quimioterapia. No entanto, associá-lo a um segundo anticorpo monoclonal, numa
estratégia conhecida como duplo bloqueio, melhora significativamente os resultados,
conforme comprovam os estudos científicos.
Se por um lado, há aumento na eficácia do
tratamento, também há o acréscimo em custo. Para otimizar recursos, hospitais e
clínicas têm usado medicamentos biossimilares, que são produtos biológicos com
custo menor e altamente semelhantes aos medicamentos de referência utilizados
como padrão. Sendo assim, apresentam dois pontos muito positivos para a
realidade brasileira: o primeiro é a qualidade do medicamento e, o segundo, a
questão econômica.