Uma parceria do Martagão Gesteira com a
Marchadores pela Vida, ong que ajuda pessoas com câncer, viabilizará a
aquisição de um importante medicamento para pacientes oncológicos do hospital.
Denominado PEG-Asparaginase, o medicamento é utilizado no tratamento da
Leucemia Linfoide Aguda (LLA), o tipo de câncer mais comum em crianças e
adolescentes.
Também conhecido como leucemia linfocítica aguda
(LLA), é um câncer que afeta as células do sangue. A doença surge na medula
óssea, quando uma célula (linfócito) não passa pelo processo completo de
maturação. Assim, não se torna completamente funcional e se divide diversas
vezes. “Todos os protocolos hoje em dia utilizam a PEG para o tratamento.
É um medicamento de alto custo”, destaca a coordenadora da oncologia do
Martagão, Mariana Dórea. Em média, um tratamento de um paciente dura cerca de
dois anos.
A filha da analista Vanesia dos Santos descobriu,
há um mês, uma leucemia e faz tratamento no Martagão. “Saber que o hospital
recebeu uma doação que permitirá a continuidade do tratamento e,
principalmente, o acesso a uma medicação tão essencial, traz um alívio imenso
ao coração. Essa ajuda representa esperança e força para seguir em frente. É
muito importante não só para minha filha como para outras crianças em tratamento
também”, conta.
O apoio dado pela Marchadores ajudará na aquisição
de ampolas de PEG-Asparaginase para o tratamento de 36 crianças diagnosticadas
com LLA, garantindo a continuidade do tratamento oncológico, aumentando as
taxas de sucesso terapêutico e melhorando a qualidade de vida das crianças e
suas famílias.
“É uma grande satisfação poder contribuir com algo
tão impactante na vida de quem precisa. Parece uma ajuda pequena, mas ficamos
extremamente felizes em saber o benefício que trás à vida de quem recebe esta
medicação.
Poder ajudar o maior hospital pediátrico SUS da
Bahia, que é uma instituição conceituada e faz um trabalho incrível, mostra que
a solidariedade não tem fronteiras”, afirma a vice-presidente da Marchadores,
Carol Megale.
A diretora do Martagão, Queitiane Carneiro,
explica que a PEG é fornecida pelo SUS em alguns casos específicos. “Quando
fornecem, não é um recurso específico para o custeio da medicação. Se o
paciente recidivar a doença e precisar usar a medicação novamente, o SUS já não
cobre e o custeio acaba sendo maior no segundo tratamento”, detalha.