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Ministra do STM diz que indicações de Lula para
Judiciário são decepção para mulheres
Ministra ressaltou que as mulheres no Judiciário enfrentam um grande
desafio de representatividade
A ministra Maria Elizabeth Rocha, primeira
e única mulher a presidir o STM (Superior Tribunal Militar) desde a sua
criação, em 1808, expressou decepção com as escolhas do presidente Lula (PT)
para o Poder Judiciário, especialmente por não ampliar a representatividade
feminina nos tribunais. À coluna de Malu Gaspar, no O Globo, ela afirmou
que o líder “não está cumprindo promessas”.
"É extremamente
frustrante, triste e decepcionante, porque o presidente Lula não tem entregado
a nós, mulheres, aquilo que ele prometeu. E isso está sendo fruto de muita
decepção entre a magistratura feminina", declarou Rocha. A ministra
ressaltou que as mulheres no Judiciário enfrentam um grande desafio de
representatividade. "É uma falsa percepção de que estamos inclusas. O que acontece
é que as mulheres e outras minorias continuam marginalizadas em um ambiente
predominantemente masculino, branco, heterossexual e de classe média",
comentou.
A
ministra afirmou que há um sentimento comum entre as magistradas.
"Vamos ver como será agora com as próximas indicações para o STJ. Tudo que
se comenta é que serão homens, mas tomara que ele nos surpreenda",
afirmou. Atualmente, há duas vagas em aberto no Superior Tribunal de Justiça
(STJ) para escolha de Lula, abertas com a aposentadoria de duas mulheres:
Laurita Vaz e Assusete Magalhães. Ao todo, três mulheres estão na disputa pelas
duas vagas, mas os candidatos apontados como favoritos para o cargo são homens:
o desembargador Carlos Pires Brandão (na lista tríplice reservada à Justiça Federal)
e Sammy Barbosa (na lista do Ministério Público).