divulgação (Foto: Carolina Antunes/PR/Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
STF nega
queixa-crime de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton e arquiva caso
Ex-primeira-dama
processou deputada por calúnia e difamação, mas Corte entendeu que Erika
estaria protegida por imunidade parlamentar
O Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou uma queixa-crime movida
por Michelle Bolsonaro contra a deputada Erika Hilton (PSOL), por calúnia e
difamação. A ação foi rejeitada por unanimidade pela Primeira Turma da Corte,
que seguiu o relatório do ministro Luiz Fux. Ele considerou
"inequívoco" que Hilton está protegida pela imunidade parlamentar.
A queixa-crime foi aberta em agosto, após Hilton criticar uma
homenagem feita à Michelle pela Prefeitura de São Paulo, com a entrega do
título de cidadã paulistana. O processo não pode mais ser recurrido e foi
arquivado. Hilton publicou: “não dá nem para homenagear Michelle
Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque
literalmente até isso ela fez”.
O comentário da deputada remete a um episódio de 2020, quando
Michelle adotou um cachorro que, segundo ela, foi encontrado por um funcionário
nos fundos do Palácio do Planalto. No entanto, foi descoberto mais tarde que o
cão já tinha dono, e ele foi devolvido. No processo, a defesa de Michelle
diz que Hilton utilizou o caso para “insinuar má-fé” na conduta da
ex-primeira-dama, que pediu uma indenização de R$ 15 mil. Em relatório,
Luiz Fux afirma que a publicação está “diretamente ligada ao exercício do
mandato parlamentar”, o que caracteriza proteção pela imunidade
parlamentar.