divulgação (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Morre aos
80 anos, Gramiro de Matos, famoso poeta baiano
Entre as
produções literário de destaque estão “Urubu-Rei” (1972) e “Os morcegos estão
comendo os mamões maduros” (1973)
O poeta baiano Ramiro Silva Matos Neto, imortalizado como
Gramiro de Matos, morreu aos 80 anos, neste sábado (7), em Salvador. Ele deixa
três filhos, João Paulo Matos, Carolina Matos e Ramiro Maximo Matos. A
causa da morte não foi divulgada.
Apadrinhado por Jorge Amado, o poeta se consolidou como uma
figura emblemática da poesia experimental brasileira, sendo um dos maiores
expoentes da contracultura nacional. Em homenagem ao poeta barroco também
baiano, Gregório de Matos, Gramiro escolheu seu nome artístico.
Entre as produções literário de destaque estão “Urubu-Rei”
(1972) e “Os morcegos estão comendo os mamões maduros” (1973). Durante a
década de 1980, o autor fez viagens exploratórias na Europa e África, que
resultou na publicação da tese “Influências da literatura brasileira nas
literaturas africanas de língua portuguesa” (1996).
Nascido em 22 de março de 1944, na cidade baiana de Iguaí, o
autor veio morar em Salvador na década de 80 e passou os últimos anos
administrando uma pousada e colecionando moedas.
Em nota, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA)
lamentou a morte do escritor. “Autor dos livros 'Urubu Rei' e 'Os morcegos
estão comendo os mamãos maduros', elogiados pela crítica da época (década de
1970), Gramiro de Matos caiu no esquecimento na década seguinte, apesar de ter
sido considerado por Jorge Amado como “a mais nova experiência da linguagem
depois de Guimarães Rosa. A SecultBa se solidariza aos familiares e amigos de
Gramiro de Matos”, afirma a entidade