divulgação (Foto: reprodução)
Mauro Cid
deixa sede da PF após depor sobre plano de matar autoridades
O depoimento
marca a primeira vez em que Mauro Cid foi diretamente questionado pela PF sobre
o chamado “plano Punhal Verde e Amarelo”
O tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal
nesta quinta-feira (5), durante aproximadamente uma hora e meia. O ex-ajudante
de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ouvido como parte das
investigações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado,
incluindo um alegado plano para assassinar autoridades como Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF).
O depoimento marca a primeira vez em que Mauro Cid foi
diretamente questionado pela PF sobre o chamado “plano Punhal Verde e Amarelo”.
Ele ocorre em meio a dúvidas sobre a manutenção do acordo de delação premiada
do militar, que enfrentou questionamentos devido a contradições e possíveis
omissões em relatos anteriores.
Duas semanas antes, Cid já havia sido interrogado pelo ministro
Alexandre de Moraes no STF, quando forneceu informações que reforçaram sua
colaboração, especialmente sobre o papel do general Walter Braga Netto,
ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro
em 2022.
Essas declarações foram determinantes para que ele continuasse a
usufruir dos benefícios da delação premiada. Ao ministro, Mauro Cid negou
qualquer conhecimento de um suposto plano para assassinar o presidente Lula, o
vice-presidente Alckmin ou o próprio Alexandre de Moraes, afirmando não ter envolvimento
na articulação dessas ações.