Divulgação (Foto: Leobark Rodrigues/Secom/MPF)
PGR questiona lei que criou fundo para enfrentamento a eventos
climáticos
Lula aprovou uma lei que permite o adiamento para pagar dívidas
de estados que foram afetados por calamidade pública decorrente de eventos
climáticos
O procurador-geral da República, Paulo
Gonet Branco, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de
inconstitucionalidade contra trechos da lei gaúcha que criou o Plano Rio Grande
- Programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Estado do Rio
Grande do Sul - e o Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
A ação foi enviada ao STF
na quarta-feira (14) depois de um alerta feito por procuradores gaúchos. A lei
criou um fundo para centralizar e angariar recursos destinados ao
enfrentamento aos danos sociais, econômicos e ambientais decorrentes das chuvas
no Rio Grande do Sul. Em maio, Lula aprovou uma lei que permite a União a adiar
o pagamento de dívidas de estados que foram afetados por calamidade pública
decorrente de eventos climáticos extremos reconhecida pelo Congresso Nacional.
A
PGR argumenta que a lei gaúcha ofende princípios da probidade administrativa,
da moralidade e da impessoalidade. Além disso, fere normas editadas pela
União em direito financeiro ao autorizar que recursos do fundo sejam destinados
a outros fundos de natureza privada. Por meio de liminar, Gonet pede
suspensão imediata dos dispositivos, até que a ação seja julgada em definitivo
pelo STF.