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PF aponta possível conspiração entre investigados de Abin
Paralela e a cúpula do órgão
Relatório afirma que Paulo Maurício Fortunato Pinto foi colocado
como número 3 da agência pela gestão do diretor-geral da Abin, Luiz
Fernando Corrêa
No relatório da etapa mais recente da Operação Última Milha, a
Polícia Federal sugere um “possível conluio de parte dos investigados com a
atual alta gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)” no
monitoramento ilegal de autoridades.
“A direção atual da Abin
realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação sem, contudo,
ter sido possível identificar o intento das ações”, diz o documento. O
relatório afirma que Paulo Maurício Fortunato Pinto, o principal responsável
pelo programa FirstMile, usado
para o monitoramento ilegal de autoridades no governo Bolsonaro,
foi colocado como número 3 da agência pela gestão do diretor-geral da
Abin, Luiz Fernando Corrêa. No ano passado, Paulo Maurício foi afastado do
cargo, por suspeita de integrar o esquema de espionagem ilegal.
“O principal responsável
pelo uso do sistema sr. Paulo Mauricio, por exemplo, exercia, ao tempo dos
fatos, a ascendência funcional sobre os servidores investigados no exercício da
Diretoria de Operações de Inteligência – DOINT – e, durante a investigação, foi
alçado a cargo superior, ocupando a 3ª posição da estrutura hierárquica na
ABIN”, diz a PF no documento.