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Senacon notifica planos de saúde após cancelamentos unilaterais
Investigação é causada por aumento de reclamações
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou 17
operadoras de planos de saúde e quatro associações de saúde para que prestem
esclarecimentos sobre cancelamentos unilaterais de contratos. A investigação,
segundo a entidade, foi motivada em razão do aumento expressivo de reclamações
registradas nos sistemas do governo.
“Embora as empresas tenham respondido e destacado a legalidade
dos cancelamentos unilaterais em contratos coletivos empresariais ou por
adesão, assim como em situações de inadimplência nos contratos individuais ou
familiares, muitas não forneceram dados suficientes para uma análise completa,
por isso foram solicitadas informações adicionais”, argumentou a Senacon.
De acordo com a reportagem da Agência Brasil, a Senacon
acrescentou que os questionamentos incluem o número de cancelamentos/rescisões
contratuais unilaterais em 2023 e 2024; os motivos alegados que justificariam
tais procedimentos; quantos beneficiários estavam em tratamento; quantos
beneficiários necessitam de cuidados ou assistência contínua de saúde; quantos
são idosos ou possuem transtornos globais de desenvolvimento; e qual a faixa
etária dos beneficiários.
“Em resposta à notificação, algumas operadoras afirmaram que os
cancelamentos ocorreram em contratos coletivos e empresariais e não foram
direcionados a pessoas vulneráveis. Outras, como a MedSêdnior, argumentaram que
os cancelamentos foram realizados de acordo com a legislação vigente”, informou
a secretaria. “Afirmaram, ainda, que as rescisões e os cancelamentos ocorreram
somente após tentativas de renegociação de débitos e prévia notificação aos
clientes.”
De acordo com a secretaria, “a Omint e a Prevent Sênior negaram
ter realizado cancelamentos unilaterais imotivados. A Bradesco Saúde destacou
que as rescisões contratuais obedecem estritamente às condições das apólices
coletivas, garantindo comunicação antecipada e motivada aos segurados. Já a
HapVida e Notredame Médica mencionaram seguir as normativas da ANS [Agência
Nacional de Saúde Suplementar] quanto à comunicação e portabilidade de planos.”