Divulgação (Foto: reprodução)
PF diz que
inquéritos sobre joias e cartão de vacina de Bolsonaro estão na reta final
Segundo diretor-geral Andrei Rodrigues, apuração deve ser
concluída até fim deste mês de junho
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues,
afirmou que os inquéritos do órgão envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) estão na reta final e devem ser concluídos nos próximos meses. Em
entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (5), Rodrigues detalhou a previsão de
conclusão dos inquéritos envolvendo as joias sauditas, as fraudes no cartão de
vacinas e a possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022
A PF está investigando se Jair Bolsonaro se apropriou
indevidamente de joias milionárias dadas pela Arábia Saudita ao governo
brasileiro, um esquema revelado pelo Estadão. Segundo o diretor-geral, a
finalização da apuração está prevista para o fim de junho.
Jair Bolsonaro já foi indiciado por fraudes em seu cartão de
vacinação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou apurações
complementares e a versão final do relatório, acrescida das mudanças, também
está em vias de conclusão. "Havia ainda pendências da cooperação
internacional. Nossa equipe retornou recentemente dos Estados Unidos com os
dados e informações que entendeu que são suficientes. Portanto, se encaminha
para a análise final e relatório dessa etapa de investigação", disse o
diretor-geral da PF.
As diligências que apuram uma possível tentativa de golpe de
Estado após as eleições de 2022 devem ser concluídas até julho, segundo
Rodrigues. A investigação faz parte de uma ação que tramita em sigilo no
Supremo Tribunal Federal (STF). É neste inquérito que se insere a Operação
Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro contra aliados próximos a Jair
Bolsonaro, além do próprio ex-presidente.
"Garanto que se houver a participação de qualquer pessoa,
ela será apontada e apresentada", disse Andrei Rodrigues. À PF, cabe o
indiciamento ou não dos investigados, enquanto o encaminhamento da denúncia
compete ao Ministério Público. O eventual julgamento, por sua vez, é atribuição
do Judiciário. No tocante a Jair Bolsonaro, este caminho passa pela PGR, a
cúpula do Ministério Público e, em caso de julgamento, pelo STF, pela prerrogativa
de foro especial.