Divulgação (Foto: reprodução)
Governo do RS prevê criação de quatro cidades provisórias para
abrigar vítimas das enchentes
Até o momento, 77 mil gaúchos estão vivendo em abrigos
temporários que precisarão ser esvaziados ao decorrer das próximas semanas
O governo do Rio Grande do Sul prevê a criação de ao menos
quatro 'cidades provisórias' com estruturas temporárias na região metropolitana
de Porto Alegre. A intenção é abrigar milhares de vítimas que estão alojadas
nos abrigos devido às enchentes que atingiram todo o estado.
Atualmente 77 mil gaúchos estão vivendo em abrigos que, em que
sua maioria, são locais improvisados, como ginásios de esporte, escolas ou
igrejas. Esses espaços irão precisar ser esvaziados em algum momento.
Entretanto, mesmo com o escoamento da água, muitas pessoas não terão condições
de retornar às suas casas por conta dos estragos deixados pelas
enchentes.
Segundo o vice-governador do estado, Gabriel Souza, a intenção é
construir estruturas temporárias com dormitórios individuais e áreas
comunitárias, como banheiros, cozinha, lavanderia, espaço para crianças e
animais de estimação, para funcionarem enquanto os desabrigados não têm para
onde ir.
Estão sendo buscadas áreas que não corram novos riscos de
alagamento nas cidades onde há mais desabrigados, sendo Porto Alegre, Canoas,
São Leopoldo e Guaíba. Nas três primeiras, disse Souza, já há espaços
previstos. Em Guaíba, ainda não foi definido um local pela dificuldade de
encontrar áreas disponíveis que não correm risco de inundação. No total, nas
quatro cidades, estão 51 mil dos 77 mil desabrigados.
“A gente só vai saber ao certo quando tivermos a baixa das
águas, porque hoje ainda a gente não consegue nem acessar muitas regiões mais
densamente povoadas, porque simplesmente estão submersas as casas”, afirmou o
vice-governador.