Divulgação (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
Projeto prevê redução dos impostos em serviços de educação,
saúde e cultura após reforma tributária
Durante as discussões da reforma tributária, ficou acordado
entre o governo e o Congresso que serviços intensivos em mão de obra, como
educação e saúde, não seriam punidos
O projeto de lei complementar que regulamenta a reforma
tributária sobre o consumo, enviado ao Congresso na última quarta-feira (24),
prevê uma redução significativa do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) para
serviços privados de educação, saúde e cultura. Com o objetivo de evitar um
aumento excessivo de preços após o fim da cobrança em cascata, o governo propõe
uma redução de 60% na alíquota para esses setores.
Durante as discussões da reforma tributária, ficou acordado
entre o governo e o Congresso que serviços intensivos em mão de obra, como
educação e saúde, não seriam punidos com a alíquota cheia de 26,5%, evitando
repasses elevados de preços aos consumidores. Com a redução da alíquota, que
passará para 10,6%, o impacto sobre o consumidor será significativamente
reduzido.
Além dos serviços de educação e saúde, também serão beneficiados
com a redução do IVA os serviços culturais, audiovisuais, jornalísticos e de
eventos. Com a eliminação da cumulatividade, um dos pilares da reforma
tributária, busca-se evitar a tributação múltipla ao longo da cadeia produtiva,
beneficiando principalmente os setores com cadeias produtivas curtas, como os
serviços.
A proposta do governo será discutida no Congresso nos próximos
meses, com previsão de votação na Câmara até julho e até o fim do ano no
Senado. Durante a tramitação, os parlamentares poderão incluir ou retirar
serviços com redução de alíquotas, buscando um equilíbrio na carga tributária e
garantindo o desenvolvimento econômico do país.