Divulgação (Foto: reprodução)
Defesa do motorista do Porsche oferece um salário mínimo a família
do motorista por aplicativo morto
Advogados afirmam, ainda, que em razão de ser um caso de
midiático, testemunhas têm "comparecido de forma espontânea perante a
autoridade policial
Um salário mínimo, é este o valor oferecido pela defesa do
motorista do Porsche a família do motorista de aplicativo morto após o acidente
que aconteceu na madrugada do dia 31 de março, na zona leste de São Paulo. O
empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, estava em alta velocidade
quando colidiu com o carro conduzido por Ornaldo Silva Viana, 52.
Na petição incluída no inquérito nesta quinta-feira (11), a
defesa afirma que "dentro das dependências policiais e através da
autoridade policial por meio verbal, se colocaram, junto ao advogado dos
familiares da vítima, à disposição para as assistências necessárias, algo
momentânea e prontamente rechaçado pelo nobre defensor ao argumento de que 'não
era o momento'".
O caso corre em segredo de Justiça e os advogados do empresário
afirmam, ainda na petição, que familiares da vítima têm dito por meio da
imprensa que enfrentam dificuldades financeiras, e que por isso novamente
ofereceram uma ajuda financeira de R$ 1.412 (um salário mínimo) por mês.
"Sensíveis ao momento, reiteram aqui o manifesto intento colaborativo, com
uma ajuda financeira mensal no importe de 1 salário-mínimo, ao qual se dispõem
a depósito em conta a ser fornecida pelo defensor constituído dos
familiares", diz o documento.
Os advogados afirmam, ainda, que em razão de ser um caso de
midiático, testemunhas têm "comparecido de forma espontânea perante a
autoridade policial, possivelmente com pleno conhecimento, através da mídia,
dos depoimentos já prestados por testemunhas ouvidas no feito, o que pode gerar
significativo prejuízo à investigação, bem como comprometer a lisura destes
depoimentos".